Notícia Sem choro nem vela! Qual é nova lei vai ‘matar’ carros da VW, Fiat e GM?

O avanço tecnológico pode ser implacável com modelos obsoletos, pois não vale a pena investir milhões de dólares para equipá-los com dispositivos modernos de segurança ou de controle de emissões.

Os dois casos mais simbólicos no Brasil foram em dezembro de 2013, quando Fiat Mille e VW Kombi tiveram sua produção descontinuada em função da exigência de airbags e freios ABS em 2014.

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A história se repete com as exigências mais rigorosas de limite de emissões da fase L7 do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) que entra em vigor em janeiro de 2022.

Como não controla apenas o escapamento, mas outras fontes de emissões e novos parâmetros, as fábricas estão investindo para se adequar a estas novas exigências até o final deste ano.

Gases do escapamento​


Além de eventuais modificações no motor, as fábricas terão que atuar também no catalisador, que deverá ser modificado para atender as novas exigências de durabilidade: testes para verificar se o veículo se comporta de acordo com os limites no decorrer de sua vida útil tiveram prazo dobrado de 80 mil para 160 mil quilômetros.

E serão consideradas as emissões de hidrocarbonetos, aldeídos e também o etanol, adicionados aos valores do NOx (óxido de nitrogênio).

Emissões evaporativas​


Mas a grande modificação a ser exigida dos fabricantes pelo Proconve L7 está no tanque de combustível, pois haverá um limite de evaporação. Ou seja, o combustível emite um vapor tóxico recolhido ao cânister, um filtro de carvão que reduz sua toxicidade.

A exigência anterior era o limite de 1,5 grama durante duas horas de teste numa câmara especial. A atual é bem mais rigorosa, pois exige emissão máxima de 0,5 g por dia.

O controle destas emissões exige maiores investimentos, pois o cânister deve ser ampliado e até dutos e mangueiras deverão ser mais sofisticados para reduzir sua permeabilidade e a quantidade de gases levados para a atmosfera.

Nada simples em diversos modelos pela dificuldade em se acomodar um cânister de maiores dimensões.

Falhas pós-tratamento​


Com o Proconve L7, veículos a gasolina e diesel deverão fazer constar no sistema de diagnóstico todas as falhas no pós-tratamento dos gases de escapamento. E manter eventuais falhas registradas na central eletrônica por até um ano.

Está prevista até uma redução do nível de ruído, de 1 a 2 decibéis, de acordo com as características do veículo.

Proconve L8: nada de Dieselgate​


A partir de 2022 progressivamente até 2025 (L8), para evitar fraudes nos testes simulados de emissões, foi criado um novo processo, o Real Drive Emission que, em inglês, significa as emissões reais do carro rodando nas ruas.

Várias fábricas burlaram estas emissões manipulando testes que apresentavam falsos resultados no laboratório, até 40 vezes superiores na prática.

O famoso escândalo do dos motores diesel da Volkswagen flagrados fora das exigências nos EUA. Até no Brasil houve esta fraude, cometida pela Fiat para a homologação do Mille Electronic.

Carros que vão sair de linha em 2022


Velhos modelos ainda produzidos no Brasil estão com seus dias contados, pois não vale a pena investir em carros com vendas baixas para adequá-los às novas exigências do Proconve L7.

Na Fiat, o motor 1.8 ainda produzido na fábrica de Campo Largo (PR) foi eliminado dos modelos nacionais e sobrevive apenas para exportação.

Não compensa também para a empresa manter o Uno, Doblò e Gran Siena. Nenhum deles emplaca 2022.


Na linha Volkswagen, o Fox está saindo dos catálogos da empresa e também o motor 1.6 de 8 válvulas.

No caso da GM, a linha Chevrolet tem o Joy (hatch) e Joy Plus (sedã) como carros de entrada no nosso mercado, que só continuam em 2022 para exportação. Os entry level serão versões mais simples dos Onix hatch e sedã.

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