O dia 2 de abril foi escolhido como Dia Mundial da Conscientização do Autismo, que tem como objetivo jogar faról sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Muitas vezes um tema evitado, mas com o avanço das metodologias de diagnóstico, é sabido que o número de pessoas com algum nível de transtorno é bem maior do que imaginamos.
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E por isso, é preciso discutir a mobilidade da pessoa com autismo. Especialistas apontam que o autismo não limita os indivíduos de uma vida normal. No entanto, há diferentes graus de dificuldade de comunicação, interação, assim como sensibilidade a estímulo sensoriais, como ruídos e orientação espacial.
Tudo isso demanda a necessidade de criar instrumentos e regras que facilitem acessos, como vagas exclusivas e acessos a transporte público que facilitem o acesso das pessoas com TEA. É o que defende a psicóloga e especialista em Transtorno do Espectro Autista, Luiza Baumgratz.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, uma a cada 36 crianças na faixa de três a oito anos foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O relatório de 2023 mostra um aumento progressivo ao longo dos anos, já que em 2004 esse índice era muito menor, uma em cada 166 crianças. O crescimento dos diagnósticos se deve ao avanço da ciência e da psicologia que buscam compreender esse transtorno.
Segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há cerca de 2 milhões de autistas no Brasil. Essa foi a primeira vez que esse dado foi incluído na pesquisa.
As pessoas com autismo representam uma parcela significativa da população e possuem diversos direitos quando se trata de mobilidade. Porém, para muitos ainda é um problema compreender as características particulares desse grupo e suas necessidades, que exigem algumas garantias previstas por lei. Isso é ainda mais latente quando o assunto é mobilidade.
Ou seja, há uma parcela gigantesca da população que precisa de instrumentos que tornem sua mobilidade possível e elementos que passam despercebidos para uma pessoa típica, provoca grande transtorno para o autista. “No transporte público é importante ressaltar alguns aspectos que podem ser mais aversivos para autistas, como o barulho e a intensidade luminosa, além de diversos estímulos concomitantes: entrada e saída de passageiros no transporte público, conversas entre passageiros, os movimentos do veículo e até mesmo o seu próprio barulho podem ser elementos que geram maior dificuldade dessa população no usufruo destes direitos”, explica.
Nos centros comerciais, shoppings e nas ruas é comum vermos vagas para diferentes perfis de cidadãos. Vagas para gestantes, idosos e também autistas. Geralmente são vagas próximas dos acessos aos estabelecimentos. No caso de uma gestante ou idoso, a proximidade reduz o esforço dessas pessoas. No caso do autista, é uma forma de evitar sofrimento e crise devido à sensibilidade sensorial provocada por carros em movimento, luzes e ruídos.
Sim, a pessoa autista pode prestar exame de direção como qualquer outra pessoa típica. A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego divulgou uma diretriz sobre condução veicular e Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para pessoas com TEA. Esse documento explica que esse transtorno é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social e comportamento do indivíduo:
A diretriz ainda afirma que, mesmo enfrentando mais dificuldades no cronograma para aquisição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), grande parte das pessoas com TEA possuem o documento. Além disso, um estudo publicado no Journal of Developmental & Behavioral Pediatrics concluiu que pessoas habilitadas com diagnóstico de autismo se envolvem menos em acidentes e cometem menos infrações, logo conduzem veículos com segurança maior que a população geral.
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E por isso, é preciso discutir a mobilidade da pessoa com autismo. Especialistas apontam que o autismo não limita os indivíduos de uma vida normal. No entanto, há diferentes graus de dificuldade de comunicação, interação, assim como sensibilidade a estímulo sensoriais, como ruídos e orientação espacial.
Tudo isso demanda a necessidade de criar instrumentos e regras que facilitem acessos, como vagas exclusivas e acessos a transporte público que facilitem o acesso das pessoas com TEA. É o que defende a psicóloga e especialista em Transtorno do Espectro Autista, Luiza Baumgratz.
A pessoa que se encontra dentro do Transtorno do Espectro Autista é considerada para fins legais como uma pessoa com deficiência, o que traz a importância de se colocar a deficiência não como algo inerente a uma pessoa, mas sim relacionada à escassez de possibilidades que o meio dela proporciona para a sua qualidade de vida. Sendo assim, é função do Estado, através da orientação não só de sua equipe mas da população como um todo, oferecer recursos para a adaptação dos meios de transporte (assim como dos demais espaços públicos), promovendo o aumento da qualidade de vida e da autonomia dessa parcela populacional”, analisa a psicóloga.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, uma a cada 36 crianças na faixa de três a oito anos foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O relatório de 2023 mostra um aumento progressivo ao longo dos anos, já que em 2004 esse índice era muito menor, uma em cada 166 crianças. O crescimento dos diagnósticos se deve ao avanço da ciência e da psicologia que buscam compreender esse transtorno.
Segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há cerca de 2 milhões de autistas no Brasil. Essa foi a primeira vez que esse dado foi incluído na pesquisa.
As pessoas com autismo representam uma parcela significativa da população e possuem diversos direitos quando se trata de mobilidade. Porém, para muitos ainda é um problema compreender as características particulares desse grupo e suas necessidades, que exigem algumas garantias previstas por lei. Isso é ainda mais latente quando o assunto é mobilidade.
Ou seja, há uma parcela gigantesca da população que precisa de instrumentos que tornem sua mobilidade possível e elementos que passam despercebidos para uma pessoa típica, provoca grande transtorno para o autista. “No transporte público é importante ressaltar alguns aspectos que podem ser mais aversivos para autistas, como o barulho e a intensidade luminosa, além de diversos estímulos concomitantes: entrada e saída de passageiros no transporte público, conversas entre passageiros, os movimentos do veículo e até mesmo o seu próprio barulho podem ser elementos que geram maior dificuldade dessa população no usufruo destes direitos”, explica.
Vagas para autistas
Nos centros comerciais, shoppings e nas ruas é comum vermos vagas para diferentes perfis de cidadãos. Vagas para gestantes, idosos e também autistas. Geralmente são vagas próximas dos acessos aos estabelecimentos. No caso de uma gestante ou idoso, a proximidade reduz o esforço dessas pessoas. No caso do autista, é uma forma de evitar sofrimento e crise devido à sensibilidade sensorial provocada por carros em movimento, luzes e ruídos.
Dentro da função do Estado na garantia de direitos em prol da equidade, temos também a importância das vagas destinadas a pessoas autistas: sabe-se que locais públicos como shoppings, supermercados, parques, lojas e etc, podem gerar uma forte sobrecarga sensorial para essas pessoas. Sendo assim, nada mais justo e lógico do que destinar vagas de estacionamento de fácil acesso para essas pessoas, visando a otimização da entrada e saída delas e, consequentemente, evitando que passem por maiores dificuldades desnecessariamente, garantindo maior rapidez no ir e vir, assim como no desenrolar de situações potencialmente estressantes”, esclarece, Luiza Baumgratz
Autista pode dirigir?
Sim, a pessoa autista pode prestar exame de direção como qualquer outra pessoa típica. A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego divulgou uma diretriz sobre condução veicular e Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para pessoas com TEA. Esse documento explica que esse transtorno é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social e comportamento do indivíduo:
São muitos subtipos do transtorno, tão abrangente que se usa o termo ‘espectro’, considerando os vários níveis de comprometimento possíveis, desde pessoas com comorbidades, como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida semelhante a de pessoas sem o TEA”.
A diretriz ainda afirma que, mesmo enfrentando mais dificuldades no cronograma para aquisição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), grande parte das pessoas com TEA possuem o documento. Além disso, um estudo publicado no Journal of Developmental & Behavioral Pediatrics concluiu que pessoas habilitadas com diagnóstico de autismo se envolvem menos em acidentes e cometem menos infrações, logo conduzem veículos com segurança maior que a população geral.
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