É impossível imaginar um mundo onde a Toyota não tenha o Corolla em sua gama. Isso quase aconteceu na virada do milênio, mas o tradicional sedã médio foi salvo e evoluiu graças a um engenheiro: Takeshi Yoshida.
Isso ocorreu no final dos anos 90, com o estouro da bolha especulativa japonesa e uma crise financeira que atingiu o continente asiático. Isso ocorreu junto de uma mudança no gosto dos consumidores, que estavam dando preferência aos SUVs e às minivans.
Essa geração já foi um projeto de baixo custo, compartilhando muito com a anterior, e poderia ser a última
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Com as vendas do Corolla em baixa, a Toyota considerou tirá-lo de linha após o fim da oitava geração. O engenheiro Takeshi Yoshida que foi considerado até trocar o nome do sedã.
Mas foi Takeshi Yoshida quem tomou iniciativa de convencer os executivos da Toyota que o Corolla deveria continua. Ele argumentou que o nome era forte e construiu uma reputação em todo o planeta.
Os chefões foram convencidos e deram para Yoshida a tarefa de chefiar o projeto da nona geração do sedã com um desafio: o orçamento de pesquisas e desenvolvimento era limitado.
A geração foi apelidada no Brasil de "Brad Pitt" devido ao ator estar presente na publicidade do modelo
O interior subiu o nível de acabamento, ganhou porta-objetos e mais equipamentos
O engenheiro e sua equipe optaram por subir o nível do Toyota Corolla na nova geração, trazendo melhorias no acabamento, na qualidade de construção e aumentando o porte.
Para conseguir atingir esse objetivo com os custos limitados, Yoshida precisou mudar também a forma como a Toyota trabalhava internamente. As equipes de powertrain, design e ergonomia trabalhavam separadamente, ele juntou todas nas mesmas reuniões e encorajou a discussão entre áreas diferentes.
No exterior tiveram versões hatch, minivan e perua
O motor ZZ também era novo, trazia bloco em alumínio e comando variável
O resultado desse esforço deu origem ao Toyota Corolla que foi apelidado no Brasil de “Brad Pitt”, por contar com o ator nas publicidades. Ele cresceu em 14 cm no entre eixos e passou a usar uma versão simplificada da plataforma do Camry japonês.
Nessa geração ele perdeu a suspensão traseira independente em favor do eixo de torção. Em compensação, a qualidade de construção adotou padrões de tolerância da Lexus. As frestas entre as partes das carroceria e o alinhamento são mais precisos que muitos carros atuais.
No Brasil foram feitas três versões: a topo de linha SE-G sempre automática...
... o intermediária XEI com motor 1.8 e cambio manual ou automático...
... e a básica XLI, inicialmente apenas 1.6 e mais tarde recebeu o 1.8, ambos com as duas opções de câmbio
A cabine do Toyota Corolla também ganhou refinamento e alguns porta objetos. O painel analógico podia vir com a iluminação Optitron da Lexus, que deixava tudo preto quando estava desligado.
O Corolla de nona geração trocou o antigo motor 7A com bloco de ferro pelo ZZ com bloco de alumínio. O propulsor novo era mais leve e eficiente, adotando o comando de válvulas variável VVT-i para ter boa elasticidade.
As versões esportivas vendidas nos EUA, Europa e Japão traziam uma versão mais brava desse motor, com 190 cv e aspiração natural. Ele atingia 8.600 rpm e foi usado também pelo Lotus Elise.
O motor virou flex no final da carreira
Apenas no Brasil que teve a perua Fielder com essa dianteira
Essa geração do Toyota Corolla foi a segunda produzida no Brasil. A campanha publicitária estrelada por Brad Pitt e o desenho moderno, que lembrava carros mais caros, alavancou o modelo japonês para a liderança do segmento de sedãs médios.
Ele desbancou a Chevrolet, que havia tradição nessa área desde os tempos do Monza. Hoje ele é o último do segmento em produção no Brasil, tendo como concorrentes diretos os importados Nissan Sentra e BYD King.
O Corolla “Brad Pitt” também deu uma sobrevida às peruas, com a Fielder. A filial brasileira juntou a carroceria familiar vendida no Japão com a dianteira mais longa do modelo nacional, que era compartilhada com os EUA e sudeste asiático.
O interior era mais espaçoso graças aos 14 cm extras no entre-eixos
Modelo todo de linha tinha painel de instrumentos com iluminação da Lexus
Hoje essa geração do Toyota Corolla ainda é bem vista no mercado de usados. Muitos estão com mais de 200 mil km, não é raro ver passando dos 400 mil km. Achar um pouco rodado e bem conservado é como ganhar na loteria.
Esse sedã conquistou o público por ser confiável e competente. O bom acabamento é condizente com o segmento, ele traz os equipamentos triviais e tudo funciona bem.
A decisão de Takeshi Yoshida foi tão certeira que essa geração do Toyota Corolla foi a mais vendida na história do sedã. Nada mau para um carro que estava com o pé na cova antes de nascer e foi desenvolvido com orçamento limitado.
Isso ocorreu no final dos anos 90, com o estouro da bolha especulativa japonesa e uma crise financeira que atingiu o continente asiático. Isso ocorreu junto de uma mudança no gosto dos consumidores, que estavam dando preferência aos SUVs e às minivans.
Essa geração já foi um projeto de baixo custo, compartilhando muito com a anterior, e poderia ser a última
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Com as vendas do Corolla em baixa, a Toyota considerou tirá-lo de linha após o fim da oitava geração. O engenheiro Takeshi Yoshida que foi considerado até trocar o nome do sedã.
Mas foi Takeshi Yoshida quem tomou iniciativa de convencer os executivos da Toyota que o Corolla deveria continua. Ele argumentou que o nome era forte e construiu uma reputação em todo o planeta.
Os chefões foram convencidos e deram para Yoshida a tarefa de chefiar o projeto da nona geração do sedã com um desafio: o orçamento de pesquisas e desenvolvimento era limitado.
A geração foi apelidada no Brasil de "Brad Pitt" devido ao ator estar presente na publicidade do modelo
O interior subiu o nível de acabamento, ganhou porta-objetos e mais equipamentos
O engenheiro e sua equipe optaram por subir o nível do Toyota Corolla na nova geração, trazendo melhorias no acabamento, na qualidade de construção e aumentando o porte.
Para conseguir atingir esse objetivo com os custos limitados, Yoshida precisou mudar também a forma como a Toyota trabalhava internamente. As equipes de powertrain, design e ergonomia trabalhavam separadamente, ele juntou todas nas mesmas reuniões e encorajou a discussão entre áreas diferentes.
O nascimento do Toyota Corolla mais vendidos de todos os tempos
No exterior tiveram versões hatch, minivan e perua
O motor ZZ também era novo, trazia bloco em alumínio e comando variável
O resultado desse esforço deu origem ao Toyota Corolla que foi apelidado no Brasil de “Brad Pitt”, por contar com o ator nas publicidades. Ele cresceu em 14 cm no entre eixos e passou a usar uma versão simplificada da plataforma do Camry japonês.
Nessa geração ele perdeu a suspensão traseira independente em favor do eixo de torção. Em compensação, a qualidade de construção adotou padrões de tolerância da Lexus. As frestas entre as partes das carroceria e o alinhamento são mais precisos que muitos carros atuais.
No Brasil foram feitas três versões: a topo de linha SE-G sempre automática...
... o intermediária XEI com motor 1.8 e cambio manual ou automático...
... e a básica XLI, inicialmente apenas 1.6 e mais tarde recebeu o 1.8, ambos com as duas opções de câmbio
A cabine do Toyota Corolla também ganhou refinamento e alguns porta objetos. O painel analógico podia vir com a iluminação Optitron da Lexus, que deixava tudo preto quando estava desligado.
O Corolla de nona geração trocou o antigo motor 7A com bloco de ferro pelo ZZ com bloco de alumínio. O propulsor novo era mais leve e eficiente, adotando o comando de válvulas variável VVT-i para ter boa elasticidade.
As versões esportivas vendidas nos EUA, Europa e Japão traziam uma versão mais brava desse motor, com 190 cv e aspiração natural. Ele atingia 8.600 rpm e foi usado também pelo Lotus Elise.
Também foi sucesso no Brasil
O motor virou flex no final da carreira
Apenas no Brasil que teve a perua Fielder com essa dianteira
Essa geração do Toyota Corolla foi a segunda produzida no Brasil. A campanha publicitária estrelada por Brad Pitt e o desenho moderno, que lembrava carros mais caros, alavancou o modelo japonês para a liderança do segmento de sedãs médios.
Ele desbancou a Chevrolet, que havia tradição nessa área desde os tempos do Monza. Hoje ele é o último do segmento em produção no Brasil, tendo como concorrentes diretos os importados Nissan Sentra e BYD King.
O Corolla “Brad Pitt” também deu uma sobrevida às peruas, com a Fielder. A filial brasileira juntou a carroceria familiar vendida no Japão com a dianteira mais longa do modelo nacional, que era compartilhada com os EUA e sudeste asiático.
O interior era mais espaçoso graças aos 14 cm extras no entre-eixos
Modelo todo de linha tinha painel de instrumentos com iluminação da Lexus
Hoje essa geração do Toyota Corolla ainda é bem vista no mercado de usados. Muitos estão com mais de 200 mil km, não é raro ver passando dos 400 mil km. Achar um pouco rodado e bem conservado é como ganhar na loteria.
Esse sedã conquistou o público por ser confiável e competente. O bom acabamento é condizente com o segmento, ele traz os equipamentos triviais e tudo funciona bem.
A decisão de Takeshi Yoshida foi tão certeira que essa geração do Toyota Corolla foi a mais vendida na história do sedã. Nada mau para um carro que estava com o pé na cova antes de nascer e foi desenvolvido com orçamento limitado.