Notícia Motor abençoado com ‘óleo ungido’ pode virar dor de cabeça

Comprar um carro é uma grande conquista para muitos brasileiros. Os mais religiosos até levam o bem para ser abençoado, pois mal não faz. Porém um vídeo mostra um pastor colocando azeite ungido no cárter do carro, junto ao óleo lubrificante, o que pode ir contra a boa intenção.

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No vídeo podemos ver a reação do proprietário, que se assustou ao ver o pastor abrindo a tampa do reservatório para jogar o azeite. Consultamos Arley Barbosa, coordenador da Comissão Técnica de Lubrificantes da , para saber os ricos dessa ação.

O maior dano é que o azeite irá acelerar o processo de degradação dos aditivos antioxidantes do óleo de motor e reduzir sua vida útil. O problema pode ser ainda mais crítico ser a concentração for maior, uma vez que além de alterar a viscosidade, é certo que haverá espessamento e possíveis entupimentos dos dutos de lubrificação.

Ou seja, o susto que o proprietário desse Hyundai HB20 levou é bastante justificável. O ideal nesse caso seria esgotar o óleo do carro com um flush e encher o cárter com lubrificante novo dentro da especificação correta.

Óleo do motor não se aditiva​


Falando em misturar elementos ao óleo lubrificante de um carro, é importante lembrar que ele é um dos fluídos que não precisam de aditivação adicional. Não é como o combustível, que pode receber um complemento detergente/dispersante para evitar depósitos de carbono.

A composição do óleo lubrificante já traz uma série de aditivos, que são identificados pela classificação API. Alguns possuem aditivações específicas para um tipo de motor, como os que utilizam correia dentada banhada.

Misturar elementos externos podem prejudicar o funcionamento do lubrificante. O ideal é sempre seguir o que está no plano de manutenção, que foi escrito por quem desenvolveu o motor.

 
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