Até o fechamento dessa matéria tivemos 4 caminhonetes médias novas lanças ou com reestilzação grande no Brasil em 2024. A
apresenta agora o quinto lançamento do segmento, a nova Triton 2026.
Diferente de algumas rivais, essa não é apenas uma atualização da antiga L200 Triton Sport, foi uma mudança completa de geração. As mudanças incluem chassi, motor e interior novos.
VEJA TAMBÉM:
As mudanças foram tão profundas que atingiram o nome, o “L200” foi aposentado e a caminhonete se chama apenas Mitsubishi Triton. Ela será vendida nas versões GL, GLS, HPE, HPE-S e Katana, confira os preços:
Como de costume, a Mitsubishi irá manter modelos das gerações anteriores em linha por valores mais acessíveis. Serão dois modelos da L200 Triton e um da L200 Triton Sport, mas não deram detalhes sobre as configurações e prometeram essas novidades para 2025.
Já a nova geração terá sua pré-venda iniciada em dezembro. As primeiras unidades chegarão às lojas em janeiro, os clientes receberão apenas carros ano 2025 modelo 2026.
A HPE já traz os assistentes ADAS e o carregador por indução (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
Todas contam com o novo 2.4 de 205 cv (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
A HPE-S é a topo de linha para quem curte os cromados (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
Quem prefere o visual esportivo pode escolher pela Katana (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
Agora que a gama será quase unificada, a Mitsubishi adotou uma oferta ampla de versões para a Triton 2026. Todas usarão o mesmo motor 2.4 diesel twin turbo, com 205 cv e 47,9 kgfm. Até mesmo na versão GL manual, diferente das rivais que utilizam programação mais “mansa” no motor para esse tipo de caixa.
A versão GL será focada no uso para trabalho, sendo oferecida apenas para vendas diretas. Ela oferece a opção do câmbio automático, segundo a marca essa equipamento está se popularizando nas empresas para evitar falhas humanas que podem levar a quebras no motor, como engatar uma marcha baixa em alta velocidade ou usar a embreagem de forma inadequada.
Os equipamentos de segurança passiva como os sete airbags, monitores de pressão dos pneus e os faróis de neblina são sempre de série. Itens de comodidade como a central multimídia e sensor crepuscular também se tornaram padrão.
Na linha 2026 a Mitsubishi passa a ofertar duas versões topo de linha com decorações distintas. A HPE-S traz o acabamento tradicional com cromados, enquanto a Katana é mais esportiva com seu santantônio integrado e detalhes em preto brilhante. Confira os equipamentos de cada versão.
A GL de entrada com câmbio manual não perde potência nem torque (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
Os mesmos itens da versão manual mais os seguintes equipamentos:
Os mesmos itens da versão GL AT mais os seguintes equipamentos:
Os mesmos itens da versão GLS mais os seguintes equipamentos:
Os mesmos itens da versão HPE mais os seguintes equipamentos:
Os mesmos itens da versão HPE-S mais os seguintes equipamentos:
O chassi é mais grosso e usa materiais mais fortes (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
A suspensão teve curso ampliado em 20 mm (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
A direção agora é elétrica (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
O 2.4 usa dois turbos de forma sequencial para entregar 205 cv e 47,9 kgfm de forma linear (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
Conforme já falamos, a Mitsubishi mudou quase tudo na mecânica da nova Triton 2026. Segundo a montadora, apenas alguns suportes e o câmbio são idênticos a geração anterior.
O novo chassi possui longarinas mais robustas, com uso extenso de aços de alta resistência. O resultado disso foi um ganho em 60% mais rigidez flexional e 40% mais rigidez torcional quando comparado a geração anterior.
O entre eixos cresceu em 13 cm, passando a medir 3,13 m. Além de permitir uma melhoria no espaço interno, isso também ajuda a dar mais estabilidade em velocidades mais altas.
A suspensão dianteira mantém o conceito de duplo A, agora com o braço superior em posição mais elevada. O ganho em curso na Triton 2026 foi de 20 mm. O eixo traseiro mantém o feixe de molas, que a partir da versão HPE utiliza três lâminas. Nos modelos de trabalho segue com quatro. A capacidade de carga é de 1.080 kg para todas.
O entre eixos cresceu em 13 cm (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
O sistema de tração das versões HPE-S e Katana possui diferencial central e modo automático (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
A direção agora possui assistência elétrica, a primeira japonesa a oferece esse sistema no Brasil. O diâmetro de giro foi reduzido para 12,4 metros, mesmo com o entre eixos maior.
Ao contrário do que era especulado, a nova Triton 2026 não utiliza o chassi da Nissan Frontier, o projeto foi da própria Mitsubishi. Publicações internacionais apontam que esse chassi poderá ser usada na próxima geração da Frontier que está sendo desenvolvida.
O motor também é novo, apesar de manter o deslocamento de 2,4 litros. Ele é chamado de 4N16 e utiliza bloco em alumínio. Existem mudanças internas quando comparado ao 2.4 anterior.
Esse propulsor novo utiliza dois turbocompressores que trabalham de forma sequencial. O primeiro é menor e enche mais rápido, entregando o torque já em baixas rotações, o segundo, de maior diâmetro, entra em ação em rotações mais altas.
Por isso, o torque máximo de 47,9 kgfm é entregue entre 1.500 e 2.750 rpm, vindo de forma suave e linear. Já a potência máxima fica em 205 cv a 3.500 rpm, uma das maiores dentre as picapes médias com motor de quatro cilindros.
Esse motor poderá ser usado pela Nissan na próxima Frontier. A marca japonesa já adota ele em vans no Japão, dando indícios de que a Mitsubishi será responsável pelos utilitários na Aliança.
O que não mudou na nova Triton 2026 foi o câmbio automático Aisin V6AWH. Ele oferece trocas sequenciais pela alavanca.
A Mitsubishi não divulgou ainda os dados de desempenho nem o consumo no padrão do Inmetro. O que foi confirmado foi a capacidade de reboque de 3,5 toneladas.
O interior ficou mais limpo, porém conserva os botões (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
O volante mais esportivo traz os comandos do ACC e do som (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
A versão HPE da foto não possui o ar-condicionado de duas zonas dos modelos mais caros (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
O espaço no banco traseiro melhorou (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
O segundo porta-luvas possui tampa, mas não é refrigerado (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
O mercado de caminhonetes médias no Brasil está com uma oferta muito diversa de modelos, que agora inclui até modelos elétricos e híbridos plug-in. O cliente que a Mitsubishi quer pegar com a nova Triton 2026 é o mais tradicional, que dá valor a robustez e usa sua picape em trilhas ou na fazenda.
É uma pegada diferente da que vimos com a nova Ford Ranger e a Chevrolet S10, que priorizaram o conforto. Ou da Volkswagen Amarok, que dá muito ênfase a dirigibilidade próxima de um carro de passeio.
Rodamos 1.000 km com a nova Mitsubishi Triton 2026 para entender esse posicionamento. O roteiro incluiu trechos urbanos, rodoviários, autódromo, uma pista off-road fechada e trilhas pesadas pela Serra da Canastra (MG).
Na parte asfaltada foi possível notar um avanço considerável em conforto quando comparada a antiga L200 Triton Sport. Porém o feixe de molas da traseira lembrava que ainda estávamos em uma picape tradicional ao passar por imperfeições na via, passando vibrações e quicando. Ainda assim, é mais confortável que rivais como a Fiat Titano, a Toyota Hilux e a Volkswagen Amarok.
A capacidade de carga é de 1.080 kg, a de reboque chega a 3,5 toneladas (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
Quem mereceu elogios nessas condições foi o sistema de direção, com assistência elétrica. As repostas são mais diretas, principalmente no início do curso, dando maior segurança.
O sistema de tração 4×4 Super Select-II, presente a partir da versão HPE-S, permite o uso no asfalto. O diferencial central faz a distribuição do torque entre os eixos, atuando como uma tração integral. Isso ajuda muito em chuvas, mas afeta o consumo.
O novo motor 2.4 diesel agradou pela forma suave que entrega a potência, com lag imperceptível. Seus números na ficha técnica não são superlativos como algumas rivais, porém no mundo real pareceu estar na média do segmento em retomadas.
A Katana, mais esportiva, é a única com câmeras 360° e navegador nativo (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
A Mitsubishi escolhei focar no fora de estrada, perdendo em conforto para as rivais americanas (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
Foi quando saímos das vias pavimentadas que passamos a entender o motivo da suspensão ainda pular um pouco. A Mitsubishi Triton 2026 parece ficar até mais confortável na terra.
Nessa situação ela passou uma boa sensação de robustez, com a suspensão trabalhando para isolar as vibrações da cabine. Em trechos mais técnicos ela encarou com valentia.
Quando chegamos na trilha mais fechada, estávamos ao volante da HPE, sem o sistema Super Select-II. Ela utiliza tração 4×4 à moda antiga, sem o diferencial central e com bloqueio eletrônico para o eixo traseiro.
Na prática isso só exigiu um controle mais fino do acelerador, já que não há o seletor de terrenos para mexer na programação eletrônica. Os clientes tradicionais da marca, que gostam de trilha e participam da Mitsubishi Cup, não terão do que reclamar.
Diante de toda essa concorrência que existe no mercado de caminhonetes, a Mitsubishi reforçou seu lugar entre as mais parrudas. A nova Triton 2026 melhorou onde a marca já era forte e acrescentou uma dose extra de conforto.
Diferente de algumas rivais, essa não é apenas uma atualização da antiga L200 Triton Sport, foi uma mudança completa de geração. As mudanças incluem chassi, motor e interior novos.
VEJA TAMBÉM:
As mudanças foram tão profundas que atingiram o nome, o “L200” foi aposentado e a caminhonete se chama apenas Mitsubishi Triton. Ela será vendida nas versões GL, GLS, HPE, HPE-S e Katana, confira os preços:
- Triton GL MT (exclusivo para venda direta): R$ 249.990
- Triton GL AT (exclusivo para venda direta): R$ 259.990
- Triton GLS: R$ 265.990
- Triton HPE: R$ 284.990
- Triton HPE-S: R$ 314.990
- Triton Katana: R$ 329.990
Como de costume, a Mitsubishi irá manter modelos das gerações anteriores em linha por valores mais acessíveis. Serão dois modelos da L200 Triton e um da L200 Triton Sport, mas não deram detalhes sobre as configurações e prometeram essas novidades para 2025.
Já a nova geração terá sua pré-venda iniciada em dezembro. As primeiras unidades chegarão às lojas em janeiro, os clientes receberão apenas carros ano 2025 modelo 2026.
Versões da nova Mitsubishi Triton 2026
A HPE já traz os assistentes ADAS e o carregador por indução (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
Todas contam com o novo 2.4 de 205 cv (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
A HPE-S é a topo de linha para quem curte os cromados (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
Quem prefere o visual esportivo pode escolher pela Katana (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
Agora que a gama será quase unificada, a Mitsubishi adotou uma oferta ampla de versões para a Triton 2026. Todas usarão o mesmo motor 2.4 diesel twin turbo, com 205 cv e 47,9 kgfm. Até mesmo na versão GL manual, diferente das rivais que utilizam programação mais “mansa” no motor para esse tipo de caixa.
A versão GL será focada no uso para trabalho, sendo oferecida apenas para vendas diretas. Ela oferece a opção do câmbio automático, segundo a marca essa equipamento está se popularizando nas empresas para evitar falhas humanas que podem levar a quebras no motor, como engatar uma marcha baixa em alta velocidade ou usar a embreagem de forma inadequada.
Os equipamentos de segurança passiva como os sete airbags, monitores de pressão dos pneus e os faróis de neblina são sempre de série. Itens de comodidade como a central multimídia e sensor crepuscular também se tornaram padrão.
Na linha 2026 a Mitsubishi passa a ofertar duas versões topo de linha com decorações distintas. A HPE-S traz o acabamento tradicional com cromados, enquanto a Katana é mais esportiva com seu santantônio integrado e detalhes em preto brilhante. Confira os equipamentos de cada versão.
A GL de entrada com câmbio manual não perde potência nem torque (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
Equipamentos da Triton GL manual:
- Rodas de aço estampado aro 17″;
- Tração 4×4 com reduzida;
- Câmbio manual de seis marchas;
- Suspensão Heavy Duty (feixe de molas com 4 lâminas para cada roda traseira);
- Direção com assistência elétrica;
- Faróis de neblina;
- Lanterna de neblina em LED;
- Sete airbags;
- Sensor de chuva;
- Sensor crepuscular;
- Computador de bordo com tela de 7 polegadas;
- Central multimídia com tela de 8 polegadas;
- Câmera de ré;
- Cruise control com limitador de velocidade;
- Assistente de partida em rampa;
- Monitor de pressão dos pneus.
Equipamentos da Triton GL automática:
Os mesmos itens da versão manual mais os seguintes equipamentos:
- Câmbio automático de seis marchas;
- Para-choque dianteiro na cor da carroceria;
- Bancos em tecido premium com costuras prata.
Equipamentos da Triton GLS:
Os mesmos itens da versão GL AT mais os seguintes equipamentos:
- Rodas de liga leve aro 17″;
- Estribo lateral;
- Painel com acabamento em prata;
- Bancos em couro (opcional).
Equipamentos da Triton HPE:
Os mesmos itens da versão GLS mais os seguintes equipamentos:
- Suspensão high comfort (feixe de molas com 3 lâminas para cada roda traseira);
- Rodas de liga leve aro 18″;
- Diferencial traseiro blocante;
- Faróis em LED;
- Faróis de neblina em LED;
- Acabamento cromado no exterior;
- Grade frontal em preto brilhante;
- Retrovisores externos rebatíveis eletronicamente e com desembaçador;
- Detalhes prateados no interior;
- Painel com revestimento macio ao toque;
- Bancos e volante revestidos em couro;
- Banco do motorista com ajuste elétrico e lombar;
- Chave presencial;
- Ar-condicionado automático;
- Circulador de ar para o banco traseiro;
- Carregador de smartphone por indução.
Equipamentos da Triton HPE-S:
Os mesmos itens da versão HPE mais os seguintes equipamentos:
- Tração 4×4 Super Select-II com modo automático e diferencial central;
- 7 modos de condução;
- Controle automático de descidas;
- Controle ativo de guinada (AYC);
- Assistente ativo para uso indevido de pedais (EAPM);
- Estribo lateral com detalhes em prata;
- Retrovisor interno eletrocrômico;
- Ar-condicionado de duas zonas;
- Cruise control adaptativo (ACC);
- Alerta de colisão dianteira;
- Alerta de saída de faixa passível com vibração no volante;
- Alerta de ponto cego;
- Alerta de tráfego cruzado traseiro;
- Sensores de estacionamento frontais e traseiro.
Equipamentos da Triton Katana:
Os mesmos itens da versão HPE-S mais os seguintes equipamentos:
- Rodas de liga leve aro 18″ com pintura preta;
- Acabamento em preto brilhante na carroceria;
- Grade dianteira na cor da carroceria;
- Santantonio integrado em preto brilhante;
- Rack de teto;
- Spoiler na tampa da caçamba;
- Central multimídia com tela de 9 polegadas;
- Navegador offline;
- Câmera 360°;
- Bancos e painel com costuras laranja;
- Revestimento do teto em preto.
Mitsubishi Triton 2026 está de chassi e motor novos
O chassi é mais grosso e usa materiais mais fortes (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
A suspensão teve curso ampliado em 20 mm (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
A direção agora é elétrica (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
O 2.4 usa dois turbos de forma sequencial para entregar 205 cv e 47,9 kgfm de forma linear (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
Conforme já falamos, a Mitsubishi mudou quase tudo na mecânica da nova Triton 2026. Segundo a montadora, apenas alguns suportes e o câmbio são idênticos a geração anterior.
O novo chassi possui longarinas mais robustas, com uso extenso de aços de alta resistência. O resultado disso foi um ganho em 60% mais rigidez flexional e 40% mais rigidez torcional quando comparado a geração anterior.
O entre eixos cresceu em 13 cm, passando a medir 3,13 m. Além de permitir uma melhoria no espaço interno, isso também ajuda a dar mais estabilidade em velocidades mais altas.
A suspensão dianteira mantém o conceito de duplo A, agora com o braço superior em posição mais elevada. O ganho em curso na Triton 2026 foi de 20 mm. O eixo traseiro mantém o feixe de molas, que a partir da versão HPE utiliza três lâminas. Nos modelos de trabalho segue com quatro. A capacidade de carga é de 1.080 kg para todas.
O entre eixos cresceu em 13 cm (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
O sistema de tração das versões HPE-S e Katana possui diferencial central e modo automático (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
A direção agora possui assistência elétrica, a primeira japonesa a oferece esse sistema no Brasil. O diâmetro de giro foi reduzido para 12,4 metros, mesmo com o entre eixos maior.
Ao contrário do que era especulado, a nova Triton 2026 não utiliza o chassi da Nissan Frontier, o projeto foi da própria Mitsubishi. Publicações internacionais apontam que esse chassi poderá ser usada na próxima geração da Frontier que está sendo desenvolvida.
O motor também é novo, apesar de manter o deslocamento de 2,4 litros. Ele é chamado de 4N16 e utiliza bloco em alumínio. Existem mudanças internas quando comparado ao 2.4 anterior.
Esse propulsor novo utiliza dois turbocompressores que trabalham de forma sequencial. O primeiro é menor e enche mais rápido, entregando o torque já em baixas rotações, o segundo, de maior diâmetro, entra em ação em rotações mais altas.
Por isso, o torque máximo de 47,9 kgfm é entregue entre 1.500 e 2.750 rpm, vindo de forma suave e linear. Já a potência máxima fica em 205 cv a 3.500 rpm, uma das maiores dentre as picapes médias com motor de quatro cilindros.
Esse motor poderá ser usado pela Nissan na próxima Frontier. A marca japonesa já adota ele em vans no Japão, dando indícios de que a Mitsubishi será responsável pelos utilitários na Aliança.
O que não mudou na nova Triton 2026 foi o câmbio automático Aisin V6AWH. Ele oferece trocas sequenciais pela alavanca.
A Mitsubishi não divulgou ainda os dados de desempenho nem o consumo no padrão do Inmetro. O que foi confirmado foi a capacidade de reboque de 3,5 toneladas.
Ao volante da nova Triton
O interior ficou mais limpo, porém conserva os botões (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
O volante mais esportivo traz os comandos do ACC e do som (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
A versão HPE da foto não possui o ar-condicionado de duas zonas dos modelos mais caros (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
O espaço no banco traseiro melhorou (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
O segundo porta-luvas possui tampa, mas não é refrigerado (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
O mercado de caminhonetes médias no Brasil está com uma oferta muito diversa de modelos, que agora inclui até modelos elétricos e híbridos plug-in. O cliente que a Mitsubishi quer pegar com a nova Triton 2026 é o mais tradicional, que dá valor a robustez e usa sua picape em trilhas ou na fazenda.
É uma pegada diferente da que vimos com a nova Ford Ranger e a Chevrolet S10, que priorizaram o conforto. Ou da Volkswagen Amarok, que dá muito ênfase a dirigibilidade próxima de um carro de passeio.
Rodamos 1.000 km com a nova Mitsubishi Triton 2026 para entender esse posicionamento. O roteiro incluiu trechos urbanos, rodoviários, autódromo, uma pista off-road fechada e trilhas pesadas pela Serra da Canastra (MG).
Na parte asfaltada foi possível notar um avanço considerável em conforto quando comparada a antiga L200 Triton Sport. Porém o feixe de molas da traseira lembrava que ainda estávamos em uma picape tradicional ao passar por imperfeições na via, passando vibrações e quicando. Ainda assim, é mais confortável que rivais como a Fiat Titano, a Toyota Hilux e a Volkswagen Amarok.
A capacidade de carga é de 1.080 kg, a de reboque chega a 3,5 toneladas (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo
Quem mereceu elogios nessas condições foi o sistema de direção, com assistência elétrica. As repostas são mais diretas, principalmente no início do curso, dando maior segurança.
O sistema de tração 4×4 Super Select-II, presente a partir da versão HPE-S, permite o uso no asfalto. O diferencial central faz a distribuição do torque entre os eixos, atuando como uma tração integral. Isso ajuda muito em chuvas, mas afeta o consumo.
O novo motor 2.4 diesel agradou pela forma suave que entrega a potência, com lag imperceptível. Seus números na ficha técnica não são superlativos como algumas rivais, porém no mundo real pareceu estar na média do segmento em retomadas.
Feita para as trilhas
A Katana, mais esportiva, é a única com câmeras 360° e navegador nativo (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
A Mitsubishi escolhei focar no fora de estrada, perdendo em conforto para as rivais americanas (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
Foi quando saímos das vias pavimentadas que passamos a entender o motivo da suspensão ainda pular um pouco. A Mitsubishi Triton 2026 parece ficar até mais confortável na terra.
Nessa situação ela passou uma boa sensação de robustez, com a suspensão trabalhando para isolar as vibrações da cabine. Em trechos mais técnicos ela encarou com valentia.
Quando chegamos na trilha mais fechada, estávamos ao volante da HPE, sem o sistema Super Select-II. Ela utiliza tração 4×4 à moda antiga, sem o diferencial central e com bloqueio eletrônico para o eixo traseiro.
Na prática isso só exigiu um controle mais fino do acelerador, já que não há o seletor de terrenos para mexer na programação eletrônica. Os clientes tradicionais da marca, que gostam de trilha e participam da Mitsubishi Cup, não terão do que reclamar.
Diante de toda essa concorrência que existe no mercado de caminhonetes, a Mitsubishi reforçou seu lugar entre as mais parrudas. A nova Triton 2026 melhorou onde a marca já era forte e acrescentou uma dose extra de conforto.