Exatamente um ano atrás,
. Então, a multinacional operava uma fábrica de veículos de Camaçari (BA) e outra de motores e transmissões em Taubaté (SP), além da unidade de Horizonte (CE), que montava os jipes da marca Troller. De lá para cá, a empresa tornou-se importadora e viu suas vendas despencarem 72,9% no mercado.
Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave): em 2020, último ano no qual operou as fábricas no Brasil, a Ford comercializou um total de 139.255 veículos, entre automóveis e comerciais leves. Já em 2021, o número de unidades emplacadas despencou para apenas 37.778.
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A participação da Ford também caiu bastante durante esse período. Enquanto, em 2020, a multinacional estava na quinta posição entre as marcas mais vendidas do país, com uma parcela de 7,14% do mercado, no ano passado esse percentual diminuiu para apenas 1,91%. A empresa terminou 2021 na 11ª colocação: foi ultrapassada por Toyota, Jeep, Renault, Honda, Nissan e Caoa Chery, respectivamente.
Com o fechamento das fábricas, a Ford extinguiu mais de 5.000 postos diretos de trabalho em Taubaté (SP) e Camaçari (BA). A empresa ainda mantém o campo de provas de Tatuí (SP), mas demitiu 110 funcionários do complexo em 2019: atualmente, apenas 150 profissionais trabalham no local. No mais, a multinacional também opera uma sede administrativa em São Paulo e um centro de desenvolvimento na Bahia.
Fábrica de Camaçari (BA) ainda em atividade: atualmente, complexo está fechado (Foto: Ford | Divulgação)
As três unidades industriais que a multinacional operava no país continuam fechadas, sem desempenhar qualquer tipo de atividade. Procurada pelo AutoPapo, a Ford informou que “continuamos no processo de vendas das fábricas e não temos nada de relevante para anunciar no momento”.
A . No entanto, até o momento, nenhuma empresa arrematou as instalações. Em Taubaté (SP), a situação é parecida: o governo estadual até anunciou que ajudaria a multinacional a vender o imóvel, que, contudo, também segue fechados.
O caso da Troller é diferente: inicialmente, a Ford informou que buscaria um comprador que mantivesse as atividades no local. Porém, posteriormente, vieram à tona informações de que a multinacional estaria negociando apenas o imóvel e o maquinário, mas não cederia os direitos sobre a marca ou o projeto do jipe T4. .
Troller: um negócio nebuloso do início ao fim! Assista ao vídeo e entenda!
Vale lembrar que, , onde produzia o Fiesta hatch e a linha de caminhões. O complexo permaneceu fechado por alguns meses, até cair nas mãos de uma construtora. para dar lugar a um centro de logística.
Em março do ano passado, um as portas. Trata-se de uma consequência direta da queda nas vendas, decorrente do enxugamento da linha de produtos.
Nem a Ford nem a Abradif informam quantas autorizadas deixaram de funcionar até o momento. Entretanto, há relatos sobre fechamento de pontos assistenciais em diversas regiões do país. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), três de um total de seis concessionárias entregaram a concessão da marca.
A Ford nunca negou que, ao fechar as fábricas, adotaria uma nova estratégia comercial no Brasil: em vez de grandes volumes de vendas, buscaria aumentar a margem de lucro por veículo, graças a uma gama importada, com produtos mais sofisticados. Atualmente, o modelo mais acessível da empresa é a Ranger XL Cabine Simples 2.2 turbodiesel, cujo preço sugerido é de R$ 203.190.
Além da picape Ranger, que é importada da Argentina, a linha atual da Ford conta com os SUVs Territory e Bronco e com o esportivo Mustang Mach1: o primeiro é originário da China, enquanto os dois últimos vêm dos Estados Unidos. . Por enquanto, o modelo vem apenas na versão para passageiros, mas a configuração Furgão chega neste ano.
Picape Maverick será o principal lançamento da marca em 2022 (Foto: Ford | Divulgação)
A gama deve crescer em 2022 com a estreia de pelo menos dois novos produtos. Um deles será a . O modelo já é produzido no México, de onde será importado. Outra novidade será a F-150, uma caminhonete de grande porte, que rivalizará com a linha RAM.
Desde o ano passado, a Ford já não comercializa mais o SUV Edge no Brasil. Por sua vez, . Não custa lembrar que o Ka, nas configurações hatch e sedan, e o EcoSport saíram de linha com o fechamento da fábrica de Camaçari (BA).
Por que a Ford fechou todas as suas fábricas no Brasil? Boris Feldman explica em vídeo!
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Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave): em 2020, último ano no qual operou as fábricas no Brasil, a Ford comercializou um total de 139.255 veículos, entre automóveis e comerciais leves. Já em 2021, o número de unidades emplacadas despencou para apenas 37.778.
VEJA TAMBÉM:
A participação da Ford também caiu bastante durante esse período. Enquanto, em 2020, a multinacional estava na quinta posição entre as marcas mais vendidas do país, com uma parcela de 7,14% do mercado, no ano passado esse percentual diminuiu para apenas 1,91%. A empresa terminou 2021 na 11ª colocação: foi ultrapassada por Toyota, Jeep, Renault, Honda, Nissan e Caoa Chery, respectivamente.
Com o fechamento das fábricas, a Ford extinguiu mais de 5.000 postos diretos de trabalho em Taubaté (SP) e Camaçari (BA). A empresa ainda mantém o campo de provas de Tatuí (SP), mas demitiu 110 funcionários do complexo em 2019: atualmente, apenas 150 profissionais trabalham no local. No mais, a multinacional também opera uma sede administrativa em São Paulo e um centro de desenvolvimento na Bahia.
Fábricas da Ford no Brasil seguem fechadas
Fábrica de Camaçari (BA) ainda em atividade: atualmente, complexo está fechado (Foto: Ford | Divulgação)
As três unidades industriais que a multinacional operava no país continuam fechadas, sem desempenhar qualquer tipo de atividade. Procurada pelo AutoPapo, a Ford informou que “continuamos no processo de vendas das fábricas e não temos nada de relevante para anunciar no momento”.
A . No entanto, até o momento, nenhuma empresa arrematou as instalações. Em Taubaté (SP), a situação é parecida: o governo estadual até anunciou que ajudaria a multinacional a vender o imóvel, que, contudo, também segue fechados.
O caso da Troller é diferente: inicialmente, a Ford informou que buscaria um comprador que mantivesse as atividades no local. Porém, posteriormente, vieram à tona informações de que a multinacional estaria negociando apenas o imóvel e o maquinário, mas não cederia os direitos sobre a marca ou o projeto do jipe T4. .
Troller: um negócio nebuloso do início ao fim! Assista ao vídeo e entenda!
Vale lembrar que, , onde produzia o Fiesta hatch e a linha de caminhões. O complexo permaneceu fechado por alguns meses, até cair nas mãos de uma construtora. para dar lugar a um centro de logística.
Linha do tempo
Cronologia | Fechamento das fábricas da Ford no Brasil |
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Agosto de 2018 | Informações da agência Bloomberg revelam prejuízos de US$ 178 milhões nas operações da Ford na América do Sul; o AutoPapo publica matéria questionando a viabilidade das operações industriais da empresa no Brasil, que, por sua vez, nega possível encerramento das atividades |
Outubro de 2019 | Ford anuncia fechamento fábrica de São Bernardo do Campo (SP) |
Janeiro de 2021 | Ford anuncia fim das atividades nas fábricas de Taubaté (SP) e Camaçari (BA); ambas seguem com operações reduzidas durante alguns meses, produzindo peças de reposição |
Abril de 2021 | Estoques de concessionários dos modelos Ka e EcoSport, os mais vendidos da Ford, chegam ao fim; os dois somem do site comercial da marca e, assim, abandonam oficialmente o mercado |
Agosto de 2021 | Fábrica da Troller deixa de produzir veículos; inicialmente, a Ford havia anunciado que venderia a unidade, mas documento vem à tona e revela que plano de negócio inclui apenas prédio e maquinário: multinacional não cederá a marca nem o projeto do jipe T4 |
Janeiro de 2022 | Balanço da Fenabrave revela queda de 72,9% nas vendas de veículos Ford; participação da marca no mercado brasileiro cai de 7,14% para apenas 1,91% |
E a rede de concessionários?
Em março do ano passado, um as portas. Trata-se de uma consequência direta da queda nas vendas, decorrente do enxugamento da linha de produtos.
Nem a Ford nem a Abradif informam quantas autorizadas deixaram de funcionar até o momento. Entretanto, há relatos sobre fechamento de pontos assistenciais em diversas regiões do país. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), três de um total de seis concessionárias entregaram a concessão da marca.
Como ficou a linha Ford no Brasil?
A Ford nunca negou que, ao fechar as fábricas, adotaria uma nova estratégia comercial no Brasil: em vez de grandes volumes de vendas, buscaria aumentar a margem de lucro por veículo, graças a uma gama importada, com produtos mais sofisticados. Atualmente, o modelo mais acessível da empresa é a Ranger XL Cabine Simples 2.2 turbodiesel, cujo preço sugerido é de R$ 203.190.
Além da picape Ranger, que é importada da Argentina, a linha atual da Ford conta com os SUVs Territory e Bronco e com o esportivo Mustang Mach1: o primeiro é originário da China, enquanto os dois últimos vêm dos Estados Unidos. . Por enquanto, o modelo vem apenas na versão para passageiros, mas a configuração Furgão chega neste ano.
Picape Maverick será o principal lançamento da marca em 2022 (Foto: Ford | Divulgação)
A gama deve crescer em 2022 com a estreia de pelo menos dois novos produtos. Um deles será a . O modelo já é produzido no México, de onde será importado. Outra novidade será a F-150, uma caminhonete de grande porte, que rivalizará com a linha RAM.
Desde o ano passado, a Ford já não comercializa mais o SUV Edge no Brasil. Por sua vez, . Não custa lembrar que o Ka, nas configurações hatch e sedan, e o EcoSport saíram de linha com o fechamento da fábrica de Camaçari (BA).
Por que a Ford fechou todas as suas fábricas no Brasil? Boris Feldman explica em vídeo!
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