Notícia Gasolina sintética perto da realidade? Porsche fará combustível no Chile

Mesmo com o indicativo de que o futuro dos veículos é a propulsão elétrica, a Porsche tem apostado nos motores a combustão e está desenvolvendo um combustível sustentável para isso. A fabricante alemã anunciou uma parceria com a Siemens Energy, ainda em 2021, que tem o objetivo de investir na produção e no desenvolvimento de um combustível ecológico livre de emissões de poluentes.

Num evento que reuniu autoridades chilenas e europeias, no último dia 10, foi anunciado o início da construção da primeira fábrica de gasolina sintética do mundo. A escolha do local da praça, na província de Magallanes, no Chile, foi completamente estratégico.

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O projeto piloto, batizado de “Haru Oni” vai aproveitar as excelentes condições de vento do sul do país para produzir combustível com impacto neutro no clima, por meio da energia eólica.

A Porsche e a Siemens traçaram o objetivo de produzir cerca de 130 mil litros do e-combustível em 2022. Mas as ambições são maiores para os anos seguintes: 55 milhões de litros até 2024 e 550 milhões de litros até 2026. Contudo, antes de chegar ao mercado, o novo combustível deve abastecer apenas os veículos de competição. É o que afirma Michael Steiner, membro do Conselho Executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Porsche AG:

Os eFuels permitirão reduzir as emissões de CO2 fóssil em motores de combustão em até 90%. Entre outras coisas, usaremos o primeiro combustível do Chile em nossos carros de corrida Porsche Mobil 1 Supercup de 2022.”

A ideia é posteriormente, destinar 40% da produção da gasolina sintética para os veículos comuns.

Produção do combustível sintético da Porsche​


Todo o processo é feito sem utilizar o petróleo como matéria prima, pois o combustível sintético é criado combinando hidrogênio com carbono para produzir metanol. Os eletrolisadores são responsáveis por dividir a água em oxigênio e hidrogênio verde, usando a energia eólica. O CO2 é filtrado do ar e combinado com o hidrogênio verde para produzir metanol sintético – que é convertido em eFuel.

A substância ainda poderá ser distribuída em postos de combustíveis tradicionais sem exigir mudanças estruturais nos motores a combustão. Contudo, ainda se trata de uma tecnologia cara e que depende de uma escala maior de produção para se tornar mais acessível.

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