O ano de 2021 foi cheio de surpresas no mercado automotivo brasileiro: a crise dos semicondutores derrubou o Chevrolet Onix de sua antiga liderança, e a Fiat abocanhou o topo do ranking de vendas. O fabricante italiano quer manter os bons resultados e até ampliar a liderança com o SUV compacto Pulse.
Sim, o , que foi revelado no Big Brother Brasil e teve todos os detalhes antecipados em incontáveis teasers, está finalmente sendo lançado. E esse SUV será a vitrine do que podemos esperar da Fiat para os próximos anos.
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Segundo a Fiat, esse é o lançamento mais importante da marca dos últimos 10 anos. O Pulse tem a missão de subir o nível da empresa, tirando a imagem de fabricante de carros que atraem apenas pelo preço.
O Fiat Pulse estreia uma nova plataforma modular, o motor 1.0 GSE Turbo, o câmbio CVT e novas tecnologias de conectividade. Tudo isso é fruto de um projeto feito pela equipe brasileira em Betim (MG).
Apesar de compartilhar algumas peças de estamparia e vidros com o hatchback Argo, o Pulse é considerado um carro à parte, feito em uma nova plataforma. A arquitetura MLA é modular e permite variar o tamanho de entre-eixos, balanços e bitolas.
Junto da plataforma vieram novos componentes: suspensão, direção, freios, estrutura de bancos, sistema de arrefecimento e até a caixa do ar condicionado. Todos esses itens serão usados pelos futuros lançamentos da Stellantis.
Enquanto o Volkswagen Nivus, seu rival direto, adota um estilo mais esportivo e urbano, o Pulse foi para uma pegada mais aventureira. A dianteira é vertical e traz um capô bastante alto. Nos parachoques existem apliques prateados que simulam as skid-plates de jipes modificados. As molduras plásticas nas caixas de rodas são grandes, evocando a linha Adventure.
No assunto de cores, existem duas novas: o Azul Amalfi e o Cinza Strato, e há ainda a opção de pintura bicolor. Na versão topo de linha Impetus, as rodas de 17 polegadas são diamantadas.
Os faróis principais e os de neblina são de LED. Acima dos faróis há uma barra horizontal cromada, que marca o desenho do carro. Na traseira, as lanternas também são em LED e trazem um interessante efeito flutuante.
Por dentro, ele traz um estilo mais sofisticado que o encontrado no Argo e lembra o novo Jeep Compass. O painel tem uma faixa horizontal, as saídas de ventilação são retangulares e um conjunto de botões cuida das principais funções do som e do ar-condicionado. Os painéis de porta trazem uma textura tridimensional.
Apesar do estilo moderno, o acabamento usa apenas plástico duro, sem nenhum aplique de tecido nas portas. Os bancos são forrados em material que imita couro no Pulse Impetus; as versões mais simples usam tecido do tipo malharia. O novo volante multifuncional tem uma boa pega e traz em destaque o botão do modo Sport.
A Fiat se orgulha de ter colocado 18 porta-objetos espalhados pelo interior do SUV. Um deles, localizado no painel, traz o carregamento por indução. O Pulse conta com duas entradas USB no painel, sendo uma delas do tipo C. Para os passageiros do banco traseiro existe apenas uma entrada USB comum.
O painel digital da Toro está presente apenas no Pulse Impetus, trazendo um modo minimalista, um econômetro ou um mais esportivo com conta-giros. Andamos também em uma unidade do Pulse Audace, que trazia o painel analógico do Argo, com tela de 3,5 polegadas.
Existem duas opções de central multimídia: a de 10,1 polegadas que vem de série apenas no Impetus e a menor de 8,4 polegadas. Comum em ambas são funções como conectividade 4G, comandos do ar condicionado, Android Auto e Apple Car Play sem fios e o Fiat Connect Me. As centrais podem receber atualizações remotamente.
Todo Pulse já sai da fábrica com uma tag Connect Car, para pedágios, estacionamentos e drive-thru. Uma novidade que deve se estender para o resto da linha é o Cart, um serviço que permite usar o carro para realizar pagamentos. O motorista pode checar também multas e até realizar pedidos no McDonald’s pela central.
A Fiat se orgulha de todas as versões do Pulse oferecerem o pacote completo de segurança, que inclui frenagem autônoma de emergência, controles de tração e estabilidade, quatro airbags, farol alto automático e aviso de mudança de faixa. Os airbags laterais protegem o tórax e a cabeça, mas a Fiat peca em não oferecer airbags laterais na traseira e de cortina.
Na dianteira existem sensores de estacionamento, e na traseira, a câmera de ré tem alta resolução. São itens bem-vindos, pois o vigia traseiro é pequeno e permite pouca visibilidade. O capô alto também toma o campo de visão e pode esconder uma criança ou um animal.
O entre-eixos de 2,53 é menor que o dos rivais, e a Fiat usou alguns truques para o Pulse parecer mais espaçoso nas fotos. O banco traseiro tem assento curto, e o encosto é bastante vertical, lembrando o de uma picape média mais antiga. A falta de apoio para as penas vai cansar os passageiros rapidamente em viagens.
O porta-malas tem volume de 370 litros e traz ganchos de amarração e pata sacolas. A abertura da tampa é pequena e, somada à altura do carro, dificulta na hora de carregar o bagageiro.
O motor 1.0 turbo de três cilindros traz todas as tecnologias que vimos no 1.3 turbo da Toro. A potência é de 130 cv com álcool e 125 cv com gasolina, enquanto o torque é sempre de 20,4 kgfm a 1.750 rpm. Esse motor se mostrou esperto para empurrar o suvinho nacional: o turbo enche rápido e não é sentido qualquer tipo de lag. A Fiat finalmente adotou uma programação mais gradual ao acelerador, tirando aquele comportamento típico da marca de abrir muito a borboleta na primeira metade do curso do pedal.
O cambio CVT está bem casado ao motor. No modo automático, ele faz uma leve simulação de marcha para o motor não ficar em uma rotação fixa, o que causa estranheza para motoristas que não estão acostumados com esse tipo de câmbio. Mas ainda existe uma pequena demora para a caixa responder ao acelerador, típica dos CVT.
Com o modo sport acionado, muda-se o peso da direção, o mapa do acelerador e o câmbio, que passa a operar com sete marchas fixas. As reações se tornam mais espertas, e a direção fica com um peso que deveria ser usado no modo comum, em velocidades de rodovia.
Em curvas o Pulse surpreende pela estabilidade: ele tem vão livre de 22,4 cm, mas rola pouco a carroceria. As rodas de 17 polegadas calçadas com pneus 205/50 R17 seguram bem o carro no asfalto. Não é um esportivo, mas transmite segurança.
Essa firmeza fica apenas em curvas, pois a engenharia brasileira soube acertar o carro para filtrar bem as irregularidades na pista. Os pneus de perfil baixo exigem cuidado nessa situação; as versões mais simples, com rodas menores, devem ser mais confortáveis.
Na cidade, a direção elétrica é bastante leve e torna as manobras fáceis. O entre-eixos curto, que atrapalha no espaço interno, ajuda em locais apertados: o diâmetro de giro é de 10,5 metros.
A inspiração na linha Adventure não ficou apenas nos apliques de plástico no exterior, já que o Fiat Pulse tem capacidade para enfrentar trilhas leves. Isso, graças à eletrônica: o controle de tração TC+ traz um modo off-road, que simula um bloqueio de diferencial em velocidades baixas e aciona o modo off-road do ABS.
Painel digital com tela de 7 polegadas é personalizável
Na pista feita pela Fiat no evento de lançamento, colocamos o Pulse em situações nas quais uma das rodas dianteiras perdia todo o contado com o solo. Ao acionar o botão do TC+, o sistema freava a roda sem tração e tirava o carro da enrascada. O sistema também ajudou o SUV compacto a subir rampas de terra solta.
Esse sistema, o vão livre e os bons ângulos de ataque e saída colocam o Pulse acima da média da categoria no fora de estrada. Não chega a ser um Suzuki Jimny em termos de valentia, mas é o suficiente para chegar a uma cachoeira ou a uma praia isolada.
Fotos: Fiat | Divulgação
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Sim, o , que foi revelado no Big Brother Brasil e teve todos os detalhes antecipados em incontáveis teasers, está finalmente sendo lançado. E esse SUV será a vitrine do que podemos esperar da Fiat para os próximos anos.
VEJA TAMBÉM:
Versões e preços
- Drive 1.3 manual – R$ 79.990
- Drive 1.3 CVT – R$ 89.990
- Drive TF200 CVT – R$ 98.990
- Audace TF200 CVT – R$ 107.990
- Impetus TF200 CVT – R$ 115.900
Projeto 100% nacional
Segundo a Fiat, esse é o lançamento mais importante da marca dos últimos 10 anos. O Pulse tem a missão de subir o nível da empresa, tirando a imagem de fabricante de carros que atraem apenas pelo preço.
O Fiat Pulse estreia uma nova plataforma modular, o motor 1.0 GSE Turbo, o câmbio CVT e novas tecnologias de conectividade. Tudo isso é fruto de um projeto feito pela equipe brasileira em Betim (MG).
Plataforma MLA
Apesar de compartilhar algumas peças de estamparia e vidros com o hatchback Argo, o Pulse é considerado um carro à parte, feito em uma nova plataforma. A arquitetura MLA é modular e permite variar o tamanho de entre-eixos, balanços e bitolas.
Junto da plataforma vieram novos componentes: suspensão, direção, freios, estrutura de bancos, sistema de arrefecimento e até a caixa do ar condicionado. Todos esses itens serão usados pelos futuros lançamentos da Stellantis.
Sobre o Fiat Pulse
Enquanto o Volkswagen Nivus, seu rival direto, adota um estilo mais esportivo e urbano, o Pulse foi para uma pegada mais aventureira. A dianteira é vertical e traz um capô bastante alto. Nos parachoques existem apliques prateados que simulam as skid-plates de jipes modificados. As molduras plásticas nas caixas de rodas são grandes, evocando a linha Adventure.
No assunto de cores, existem duas novas: o Azul Amalfi e o Cinza Strato, e há ainda a opção de pintura bicolor. Na versão topo de linha Impetus, as rodas de 17 polegadas são diamantadas.
Os faróis principais e os de neblina são de LED. Acima dos faróis há uma barra horizontal cromada, que marca o desenho do carro. Na traseira, as lanternas também são em LED e trazem um interessante efeito flutuante.
Interior acerta no estilo, mas não nos materiais
Por dentro, ele traz um estilo mais sofisticado que o encontrado no Argo e lembra o novo Jeep Compass. O painel tem uma faixa horizontal, as saídas de ventilação são retangulares e um conjunto de botões cuida das principais funções do som e do ar-condicionado. Os painéis de porta trazem uma textura tridimensional.
Apesar do estilo moderno, o acabamento usa apenas plástico duro, sem nenhum aplique de tecido nas portas. Os bancos são forrados em material que imita couro no Pulse Impetus; as versões mais simples usam tecido do tipo malharia. O novo volante multifuncional tem uma boa pega e traz em destaque o botão do modo Sport.
A Fiat se orgulha de ter colocado 18 porta-objetos espalhados pelo interior do SUV. Um deles, localizado no painel, traz o carregamento por indução. O Pulse conta com duas entradas USB no painel, sendo uma delas do tipo C. Para os passageiros do banco traseiro existe apenas uma entrada USB comum.
Pulse estreia novas tecnologias
O painel digital da Toro está presente apenas no Pulse Impetus, trazendo um modo minimalista, um econômetro ou um mais esportivo com conta-giros. Andamos também em uma unidade do Pulse Audace, que trazia o painel analógico do Argo, com tela de 3,5 polegadas.
Existem duas opções de central multimídia: a de 10,1 polegadas que vem de série apenas no Impetus e a menor de 8,4 polegadas. Comum em ambas são funções como conectividade 4G, comandos do ar condicionado, Android Auto e Apple Car Play sem fios e o Fiat Connect Me. As centrais podem receber atualizações remotamente.
Todo Pulse já sai da fábrica com uma tag Connect Car, para pedágios, estacionamentos e drive-thru. Uma novidade que deve se estender para o resto da linha é o Cart, um serviço que permite usar o carro para realizar pagamentos. O motorista pode checar também multas e até realizar pedidos no McDonald’s pela central.
Segurança mescla acertos e erros
A Fiat se orgulha de todas as versões do Pulse oferecerem o pacote completo de segurança, que inclui frenagem autônoma de emergência, controles de tração e estabilidade, quatro airbags, farol alto automático e aviso de mudança de faixa. Os airbags laterais protegem o tórax e a cabeça, mas a Fiat peca em não oferecer airbags laterais na traseira e de cortina.
Na dianteira existem sensores de estacionamento, e na traseira, a câmera de ré tem alta resolução. São itens bem-vindos, pois o vigia traseiro é pequeno e permite pouca visibilidade. O capô alto também toma o campo de visão e pode esconder uma criança ou um animal.
Espaço interno poderia ser melhor
O entre-eixos de 2,53 é menor que o dos rivais, e a Fiat usou alguns truques para o Pulse parecer mais espaçoso nas fotos. O banco traseiro tem assento curto, e o encosto é bastante vertical, lembrando o de uma picape média mais antiga. A falta de apoio para as penas vai cansar os passageiros rapidamente em viagens.
O porta-malas tem volume de 370 litros e traz ganchos de amarração e pata sacolas. A abertura da tampa é pequena e, somada à altura do carro, dificulta na hora de carregar o bagageiro.
Ao volante do Fiat Pulse
O motor 1.0 turbo de três cilindros traz todas as tecnologias que vimos no 1.3 turbo da Toro. A potência é de 130 cv com álcool e 125 cv com gasolina, enquanto o torque é sempre de 20,4 kgfm a 1.750 rpm. Esse motor se mostrou esperto para empurrar o suvinho nacional: o turbo enche rápido e não é sentido qualquer tipo de lag. A Fiat finalmente adotou uma programação mais gradual ao acelerador, tirando aquele comportamento típico da marca de abrir muito a borboleta na primeira metade do curso do pedal.
O cambio CVT está bem casado ao motor. No modo automático, ele faz uma leve simulação de marcha para o motor não ficar em uma rotação fixa, o que causa estranheza para motoristas que não estão acostumados com esse tipo de câmbio. Mas ainda existe uma pequena demora para a caixa responder ao acelerador, típica dos CVT.
Com o modo sport acionado, muda-se o peso da direção, o mapa do acelerador e o câmbio, que passa a operar com sete marchas fixas. As reações se tornam mais espertas, e a direção fica com um peso que deveria ser usado no modo comum, em velocidades de rodovia.
Em curvas o Pulse surpreende pela estabilidade: ele tem vão livre de 22,4 cm, mas rola pouco a carroceria. As rodas de 17 polegadas calçadas com pneus 205/50 R17 seguram bem o carro no asfalto. Não é um esportivo, mas transmite segurança.
Essa firmeza fica apenas em curvas, pois a engenharia brasileira soube acertar o carro para filtrar bem as irregularidades na pista. Os pneus de perfil baixo exigem cuidado nessa situação; as versões mais simples, com rodas menores, devem ser mais confortáveis.
Na cidade, a direção elétrica é bastante leve e torna as manobras fáceis. O entre-eixos curto, que atrapalha no espaço interno, ajuda em locais apertados: o diâmetro de giro é de 10,5 metros.
Fora do asfalto
A inspiração na linha Adventure não ficou apenas nos apliques de plástico no exterior, já que o Fiat Pulse tem capacidade para enfrentar trilhas leves. Isso, graças à eletrônica: o controle de tração TC+ traz um modo off-road, que simula um bloqueio de diferencial em velocidades baixas e aciona o modo off-road do ABS.
Painel digital com tela de 7 polegadas é personalizável
Na pista feita pela Fiat no evento de lançamento, colocamos o Pulse em situações nas quais uma das rodas dianteiras perdia todo o contado com o solo. Ao acionar o botão do TC+, o sistema freava a roda sem tração e tirava o carro da enrascada. O sistema também ajudou o SUV compacto a subir rampas de terra solta.
Esse sistema, o vão livre e os bons ângulos de ataque e saída colocam o Pulse acima da média da categoria no fora de estrada. Não chega a ser um Suzuki Jimny em termos de valentia, mas é o suficiente para chegar a uma cachoeira ou a uma praia isolada.
Fotos: Fiat | Divulgação
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