Notícia Esses 5 carros complicam manutenções que deveriam ser simples

Carros com manutenção simples são bastante apreciados. A simplicidade torna os serviços rotineiros mais rápidas e em alguns casos até possível de fazer em casa. E os itens que deveriam ser mais fáceis de cuidar são justamente os que necessitam de trocas periódicas.

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Correia dentada, velas, bateria, fluídos e lâmpadas são alguns desses componentes que não deveriam ter mistérios na manutenção. Porém, alguns carros complicam o trabalho do mecânico ou do proprietário que gosta de se aventurar no cofre do motor. Os motivos são diversos, podendo ser falta de espaço ou apenas decisões equivocadas da engenharia. Separamos cinco casos:

1. Lâmpadas dos faróis do Honda Fit (1ª geração)​

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O Honda Fit é um carrinho simples de manter, mas a troca das lâmpadas do farol complicam um pouco(Foto: Honda | Divulgação)
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Esse é o passo a passo do manual do proprietário (Foto: Honda | Reprodução)
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(Foto: Honda | Reprodução)

Nos EUA existe a cultura do “do it yourself” (faça você mesmo em português), que é popular entre os entusiastas de automóveis. Em fóruns norte-americanos é comum ver comentários elogiando os carros da Honda por terem tudo de fácil acesso no cofre do motor, como se fosse projetado por alguém que cuida do carro em casa.

Esse elogio é válido para o compacto Fit até certo ponto. O carro possui um aproveitamento de espaço inteligente no interior que resultou em um cofre do motor apertado. Por isso, é preciso esterçar as rodas dianteiras e retirar o para-barro interno das caixas de roda e uma capa interna do farol para poder trocar as lâmpadas dos faróis.

No manual do carro existe a instrução para o processo, que ocupa duas páginas. Para quem tiver tempo livre e quiser trocar as lâmpadas em casa será apenas mais tempo gasto, mas imagina ter que trocar uma lâmpada queimada na estrada?

2. Correia dentada do Audi A6​

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Quando chega a hora de trocar a correia dentada do Audi A6, toda a frente precisa ser desmontada (Foto: Audi | Divulgação)

O layout tradicional dos carros da Audi é de motor longitudinal dianteiro à frente do do eixo. Essa herança vem do Audi 100, o primeiro projeto independente da marca na Nova Auto Union. Esse esquema mecânico facilitou a existência da famosa tração integral quattro.

Nos carros mais modernos da Audi, os motores são fisicamente maiores e possuem mais acessórios dentro do cofre do motor. Na segunda geração do A6, as versões V6 e V8 ficaram com o motor muito próximo do suporte do radiador, impossibilitando ao acesso à correia dentada.

O processo para trocar esse componente importante tem vários passos: primeiro é preciso retirar o para-choque do carro, em seguida é preciso drenar o radiador, desconectá-lo do motor e separar o suporte do para-choque das longarinas. Para ver o processo de forma mais detalhada .

Depois de desmontar toda a frente do veículo, é “só” trocar a correia dentada do motor e montar tudo isso novamente. Esse processo também é usado pelos A4 e A8 da mesma época com motores V6 e V8.

3. Estepe da Chrysler Town & Country​

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O estepe da Chrysler Town & Country fica literalmente no meio do assoalho (Foto: Chrysler | Divulgação)

O estepe dos carros costumam estar no fundo do porta-malas ou no lado de fora, sob o porta-malas. Alguns carros são diferentes, como o Fiat Mille com seu estepe no cofre do motor. Na Town & Country, a Chrysler precisou do espaço na traseira onde o estepe costuma ir para colocar o alçapão onde os bancos ficam embutidos quando fora de uso.

Por isso, o estepe da minivan fica no lado de fora, sob o assoalho e no centro do carro. Para tirar o estepe do lugar é preciso montar uma ferramenta presente no porta-malas que serve para desapertar um parafuso sob o console central que faz o estepe abaixar.

Depois é indicado puxar o estepe, que está embaixo do carro, com essa ferramenta. O último passo é soltar o cabo que prende o estepe em uma capa protetora. O estepe é fino para uso emergencial, portanto o pneu furado e a capa protetora do estepe terão que ser colocados no interior da minivan.

Esse vídeo da Mopar mostra o passo a passo.

4. Bateria do Dodge Journey​

dodge journey vermelho dianteira parado com montanhas ao fundo

A Chrysler inovou na posição da bateria dos seus carros projetados nos anos 90 e 2000, mas não foi uma medida positiva (Foto: Dodge | Divulgação)

Assim como o estepe, a bateria é um item que costuma estar localizado de forma previsível. A mais comum é no cofre do motor, mas também pode ser encontrada no porta-malas ou sob o banco do motorista. O Dodge Journey, o Chrysler Stratus, o Dodge Viper e outros carros do grupo Chrysler dos anos 1990 e 2000 escondem a bateria em um lugar exótico.

O componente fica à frente da roda dianteira esquerda, atrás do para-choque. Pelo menos esses carros possuem os polos para fazer a chupeta no cofre do motor. Nos EUA essa posição da bateria é criticada por ficar exposta aos elementos, sendo comum o .

Para trocar a bateria, é preciso tirar a roda e desmontar o para-barro interno da caixa de roda. O procedimento mais seguro é levantando o carro em um elevador. da bateria e podemos ver sinais de oxidação no local e até folhas secas presas no suporte.

5. Correia dentada do Land Rover Discovery​

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No Land Rover Discovery é preciso separar a carroceria do chassi para a troca periódica da correia dentada (Foto: Land Rover | Divulgação)

Esse é famoso, muitos leitores já devem ter visto nas redes sociais fotos do Land Rover Discovery em uma oficina com a carroceria separada do chassi. E sim, esse é o procedimento recomendado para realizar a troca da correia dentada e vários reparos nesse SUV e em seu irmão de plataforma Range Rover Sport.

Assim como ocorre no Audi A6 que citamos anteriormente, o motor fica apertado no cofre e sem uma forma de acesso por cima. O Discovery usa um estrutura que une um monobloco com um chassi do tipo escada, para deixar a carroceria mais rígida. E, por isso, é possível separar a carroceria do chassi.

Mas fazer essa separação não é tarefa simples como em uma picape antiga, os SUV britânicos são carregados de tecnologia e eletrônica. Na hora de unir a carroceria ao chassi é para que tudo volte a funcionar.

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