Notícia Diesel S10 está estragando os motores? Negativo! O problema não é ele

Não vamos confundir alhos com bugalhos: tem um pessoal aí rodando com carros diesel, que são SUVs, picapes, jipes e até caminhões e ônibus. Quando dá um problema no motor, filtro entupido e outras complicações, chega na oficina e o mecânico diz: “pois é, o diesel S10 é que está provocando isso.”


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Nas, diesel S10 já existe há uns 6 ou 7 anos. Esse S10 quer dizer 10 ppm, ou partículas de enxofre por milhão. Pois “S” é o símbolo de enxofre. Antes tinha uma proporção muito maior de enxofre, de 500 ppm, mais danoso à atmosfera, poluição muito maior.

Diesel S10: muito mais limpo​


O diesel S10 só veio contribuir, por ser um diesel muito mais limpo que o S500. Então, recentemente, os motores diesel começaram a dar uns problemas, nós já comentamos aqui, não por ser S10, mas pela proporção do biodiesel.

Vamos começar defendendo o biodiesel. Ele é limpo, feito a partir de vegetais, soja e outros. Porém, há um problema no limite do biodiesel colocado no diesel. Ele foi subindo devagarzinho nos últimos anos por um acordo entre governo e produtores, e chegou a 10%. Até aí os motores estavam funcionando sem problemas.

Quando se foi além dos 10% e chegando aos 11%, 12% até 13% no começo desse ano, aí, sim, o biodiesel começou a provocar problemas nos motores: filtro entupido, bomba injetora com problemas, borra porque ele decanta. O biodiesel é higroscópico, ele absorve a umidade, ou seja, água da atmosfera, e acaba decantando no tanque, no depósito.

Este é um problema que está acometendo motores nos últimos tempos, de um ano para cá. Então, não tem nada a ver com o diesel S10 – que é mais limpo – e nem a ver com o próprio biodiesel. Ele é um excelente combustível, uma boa solução para se começar a alternar o combustível fóssil, o diesel que vem do petróleo.

Porém, o biodiesel tem que estar limitado a um certo percentual. Acima desses 10%, por enquanto, ele provoca problemas.


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