A indústria automotiva é uma ramo
. O desenvolvimento de um carro novo pode custar quase R$ 1 bilhão. Mas na hora de renovar um projeto já consolidado, a turma dos cortes de custos fica mais em cima. Isso obriga a engenharia a ser criativa: às vezes, até precisam fazer gambiarras.
Uma solução simples é pegar peças de outros modelos que já estão em linha. Um exemplo é o interior do último Chevrolet Vectra, que reaproveitou alguns botões e saídas de ventilações da Meriva. O Ford Ka de 2007 aparentava ser todo novo mas 85% de seus componentes eram reaproveitados do Ka anterior ou de outros Ford.
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Hoje vamos ficar nas soluções mais puxadas para o lado da gambiarra. Situações onde o fabricante renovou carros, mas sem querer gastar muito. Ou apenas usaram uma solução técnica para disfarçar limitações do veículo.
Esse aplique passa despercebido até dar um zoom nas fotos (Foto: Fiat | Divulgação)
Ideia foi cobrir esse 'corte' arredonado
No primeiro momento, a reestilização do Fiat Firino apresentada na última semana pareceu mais profunda que o esperado. O furgão ganhou para-choque dianteiro exclusivo e até um capô novo, deixando o estilo diferente do Uno que está prestes a sair de linha.
Mas as fotos de divulgação com alta resolução revelaram uma gambiarra no capô do furgão quando demos um zoom: um aplique plástico foi colocado na ponta do capô. Essa solução foi feita para camuflar o corte que o capô do Uno tem para a antiga logo redonda da Fiat.
A peça plástica sob a janela lateral escondia uma emenda (Foto: Fiat | Divulgação)
A Fiat percebeu que muitos consumidores compravam a Strada de cabine estendida e adaptavam um banco traseiro. A Strada cabine dupla foi criada para atender a esse público interessado em levar mais de duas pessoas na picape compacta na linha 2009.
Essa primeira cabine dupla trazia apenas duas portas e sob as janelas traseiras vinha um aplique plástico. Essa peça escondia uma emenda na carroceria. Isso durou pouco, na linha 2013 a Strada foi redesenhada com uma lateral traseira toda nova. E o modelo de cabine dupla ganhou uma terceira porta.
O painel mais curto proporcionava mais espaço para as pernas e deixava os comandos mais longe do motorista (Foto: Volkswagen | Divulgação)
A quarta geração do Volkswagen Gol (ou segunda reestilização da segunda geração) foi um exemplo de carro que sofreu com a tesoura dos cortes de custo. A intenção da marca era reposicionar o Fox como modelo superior ao Gol em sua gama, deixando o veterano como carro de entrada.
Mas o painel do Gol não está aqui pela simplicidade e sim por um truque feito pelos engenheiros. Anunciaram esse modelo como mais espaçoso que o anterior. O motivo era o painel mais curto, permitindo que o passageiro dianteiro possa puxar mais o banco e, assim, deixar mais espaço para as pernas de quem vai atrás.
Como a coluna de direção e os pedais não mudaram, a posição do motoristas era a mesma. Portanto o ganho em espaço era só para quem ia atrás do carona. Ou o ganho poderia ser nulo, pois o painel do Gol G3 era usado nas raras unidades equipadas com airbags duplos.
O vidro traseiro menor cortava custos e visibilidade (Foto: Renault | Divulgação)
O sucesso da dupla Sandero e Logan provocou uma mudança na linha Renault vendida no Brasil. Esses carros foram feitos como modelos de baixo custo, porém eram mais que o Clio — que possuía interior mais refinado. A renovação feita no Clio em 2012 serviu para simplificar o modelo e torná-lo um carro de entrada mais atraente.
Na parte da simplificação estava a troca do vidro traseiro curvo por um menor, mais barato de fabricar. O topo do vigia era trocado por um grande spoiler. Mas o retrovisor interno não mudou de posição, o resultado foi um corte na visibilidade traseira.
O erro do velocímetro no DKW Fissore era maior para o cliente mais abastado não achar que comprou um carro mais lento que o de entrada (Foto: DKW-Vemag | Divulgação)
A DVW-Vemag encomendou um sedã refinado ao estúdio italiano Fissore, para ampliar o seu escopo no mercado. O resultado foi esse elegante sedã de duas portas, batizado com o nome do estúdio. A ideia era oferecer uma opção econômica à modelos maiores, como o Simca Chambord e o Aero-Willys.
O DKW Fissore era mais pesado que o sedã tradicional Belcar e não trazia potência extra em seu motor 1.0 tricilindrico de dois tempos. Para o comprador exigente que pagou caro em um Fissore não perceber que o carro era mais lento que o Belcar do taxista, a DKW-Vemag fez uma calibração mais mentirosa no velocímetro do carro. Assim o motorista pensava que estava subindo a rua de casa mais rápido do que realmente estava
O Boris listou mais mentiras dos fabricantes nesse vídeo:
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Uma solução simples é pegar peças de outros modelos que já estão em linha. Um exemplo é o interior do último Chevrolet Vectra, que reaproveitou alguns botões e saídas de ventilações da Meriva. O Ford Ka de 2007 aparentava ser todo novo mas 85% de seus componentes eram reaproveitados do Ka anterior ou de outros Ford.
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Hoje vamos ficar nas soluções mais puxadas para o lado da gambiarra. Situações onde o fabricante renovou carros, mas sem querer gastar muito. Ou apenas usaram uma solução técnica para disfarçar limitações do veículo.
1. Grade do novo Fiat Fiorino
Esse aplique passa despercebido até dar um zoom nas fotos (Foto: Fiat | Divulgação)
Ideia foi cobrir esse 'corte' arredonado
No primeiro momento, a reestilização do Fiat Firino apresentada na última semana pareceu mais profunda que o esperado. O furgão ganhou para-choque dianteiro exclusivo e até um capô novo, deixando o estilo diferente do Uno que está prestes a sair de linha.
Mas as fotos de divulgação com alta resolução revelaram uma gambiarra no capô do furgão quando demos um zoom: um aplique plástico foi colocado na ponta do capô. Essa solução foi feita para camuflar o corte que o capô do Uno tem para a antiga logo redonda da Fiat.
2. Solda da Fiat Strada cabine dupla
A peça plástica sob a janela lateral escondia uma emenda (Foto: Fiat | Divulgação)
A Fiat percebeu que muitos consumidores compravam a Strada de cabine estendida e adaptavam um banco traseiro. A Strada cabine dupla foi criada para atender a esse público interessado em levar mais de duas pessoas na picape compacta na linha 2009.
Essa primeira cabine dupla trazia apenas duas portas e sob as janelas traseiras vinha um aplique plástico. Essa peça escondia uma emenda na carroceria. Isso durou pouco, na linha 2013 a Strada foi redesenhada com uma lateral traseira toda nova. E o modelo de cabine dupla ganhou uma terceira porta.
3. Painel do Volkswagen Gol G4
O painel mais curto proporcionava mais espaço para as pernas e deixava os comandos mais longe do motorista (Foto: Volkswagen | Divulgação)
A quarta geração do Volkswagen Gol (ou segunda reestilização da segunda geração) foi um exemplo de carro que sofreu com a tesoura dos cortes de custo. A intenção da marca era reposicionar o Fox como modelo superior ao Gol em sua gama, deixando o veterano como carro de entrada.
Mas o painel do Gol não está aqui pela simplicidade e sim por um truque feito pelos engenheiros. Anunciaram esse modelo como mais espaçoso que o anterior. O motivo era o painel mais curto, permitindo que o passageiro dianteiro possa puxar mais o banco e, assim, deixar mais espaço para as pernas de quem vai atrás.
Como a coluna de direção e os pedais não mudaram, a posição do motoristas era a mesma. Portanto o ganho em espaço era só para quem ia atrás do carona. Ou o ganho poderia ser nulo, pois o painel do Gol G3 era usado nas raras unidades equipadas com airbags duplos.
4. Vidro traseiro do Renault Clio
O vidro traseiro menor cortava custos e visibilidade (Foto: Renault | Divulgação)
O sucesso da dupla Sandero e Logan provocou uma mudança na linha Renault vendida no Brasil. Esses carros foram feitos como modelos de baixo custo, porém eram mais que o Clio — que possuía interior mais refinado. A renovação feita no Clio em 2012 serviu para simplificar o modelo e torná-lo um carro de entrada mais atraente.
Na parte da simplificação estava a troca do vidro traseiro curvo por um menor, mais barato de fabricar. O topo do vigia era trocado por um grande spoiler. Mas o retrovisor interno não mudou de posição, o resultado foi um corte na visibilidade traseira.
5. Velocímetro do DKW Fissore
O erro do velocímetro no DKW Fissore era maior para o cliente mais abastado não achar que comprou um carro mais lento que o de entrada (Foto: DKW-Vemag | Divulgação)
A DVW-Vemag encomendou um sedã refinado ao estúdio italiano Fissore, para ampliar o seu escopo no mercado. O resultado foi esse elegante sedã de duas portas, batizado com o nome do estúdio. A ideia era oferecer uma opção econômica à modelos maiores, como o Simca Chambord e o Aero-Willys.
O DKW Fissore era mais pesado que o sedã tradicional Belcar e não trazia potência extra em seu motor 1.0 tricilindrico de dois tempos. Para o comprador exigente que pagou caro em um Fissore não perceber que o carro era mais lento que o Belcar do taxista, a DKW-Vemag fez uma calibração mais mentirosa no velocímetro do carro. Assim o motorista pensava que estava subindo a rua de casa mais rápido do que realmente estava
O Boris listou mais mentiras dos fabricantes nesse vídeo:
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