O ano de 1983 foi o mais marcante na vida do Chevette, o modelo de pequeno porte da Chevrolet.
; mas, no ano seguinte, o modelo se renovou por completo.
Mantendo a plataforma e elementos básicos, ele inovava com nova frente, lateral (que finalmente recebia quebra-ventos), traseira e interior, seguindo as linhas do irmão maior Monza e também da então nova geração do Kadett na Europa.
VEJA TAMBÉM:
O Chevette agora estava mais quadrado, deixando de lado algumas formas arredondadas de antes, mas mantinha a mecânica confiável: motor longitudinal de 4 cilindros com comando no cabeçote, acoplado à grande novidade que era o novo câmbio de 5 marchas (substituindo o anterior, de apenas quatro). A tradicional tração traseira, que marcava o pequeno carro da Chevrolet, também permanecia.
O motor 1.4 ficava restrito as unidades de exportação. Por aqui, o modelo se mantinha apenas com motor 1.6, que inclusive recebia modificações e ganhava uma versão a álcool, com 72 cv de potência e 12,3 kgfm de torque.
Reestilização feita pela Chevrolet acrescentou um "meio volume” à tampa traseira do Chevette Hatch
Modelo ganhou grade e faróis retangulares
Em 1983, o Chevrolet Chevette liderou o mercado brasileiro
Enquanto isso, a carroceria hatch recebia o chamado “meio volume” na tampa do porta-malas. Ou seja, ainda tinha alguns centímetros de carroceria após o final do vidro traseiro, assim como o Ford Escort. Mas isso não agradou tanto o público consumidor, que passou a preferir a carroceria sedan convencional em vez do hatch.
Ainda em 1983, o equilibrado e emplacando mais de 86 mil unidades.
Sem perder tempo, a Chevrolet já aprontava mais novidades para o Chevette no ano seguinte, em 1984: agora ele passava a contar com o câmbio automático de 3 marchas como opcional nas versões mais caras. A caixa era a mesma do Opala e da Caravan.
Três anos depois, estreavam pequenas modificações no parachoque e na grade (agora fundidos em plástico). Havia também uma nova lanterna traseira, maior e mais vistosa, e uma inédita versão de luxo batizada de SE, logo em seguida renomeada para SL/E.
Mesmo assim, começava a ficar difícil a vida do Chevettinho: rivais como VW Gol e Voyage e Fiat Uno e Prêmio traziam concepção bem mais moderna que a do GM, e, com tração dianteira, faziam mais jus ao segmento dos populares e ofereciam melhor espaço interno.
Nesse ponto, até o próprio que o Chevette e não custava muito mais caro. O peso do seu projeto de mais de 15 anos era um grande pênalti, que a Chevrolet tentava driblar com pequenas melhorias.
Chevrolet tirou o Chevette 4 portas de linha em 1987
Versão DL foi, durante alguns anos, a única disponível
Chevy 500 foi o último integrante da gama Chevette a sair de linha, em 1995
Ainda em 1987, saíam de linha as carrocerias hatch e de quatro portas, sem deixar sucessores, já que elas não agradavam o público consumidor nacional. Restava apenas o queridinho da família, ou seja, o sedan de duas portas.
Enquanto isso, mesmo com as despedidas, o Chevette batia a importante marca de 1 milhão de unidades produzidas, incluindo a perua Marajó e também a picape Chevy 500, duas das variações da gama que ainda permaneciam no mercado.
Com mais uma tentativa de reanimar as vendas, que já não agradavam tanto quanto antes, chegava o motor 1.6/S em 1988, que nada mais era que o antigo 1.6 com melhorias na alimentação (carburador de corpo duplo) e um conjunto de pistões/bielas mais leves.
Agora modificado em prol de melhor dirigibilidade e menor consumo, os números de potência e torque cresciam: 78 cv e 12,6 kgfm na versão a gasolina ou 81 cv e 12,9 kgfm com álcool. Nessa época ainda havia o luxo do câmbio automático de 3 velocidades, que era oferecido como alternativa à caixa manual de 5 marchas.
Mas as coisas definitivamente não iam bem para esse sedan compacto da GM. No final da década de 80, chegava o sucessor direto, o moderno Kadett: . Essa foi uma das primeiras vezes nas quais duas gerações de um mesmo modelo conviviam no mercado nacional, prática que ficou mais comum nas décadas seguintes.
E por ser mais atual, requintado, tecnológico e arrojado, não demorou muito para o Kadett começar a tomar seu espaço no ranking de vendas, deixando o Chevettinho de escanteio: com quase 20 anos de lançamento, o modelo penava e via suas vendas em queda livre.
O resultado prático disso foi um enxugamento na linha de versões do Chevette: sobrou só a inédita DL, com motor 1.6 e câmbio manual de 5 marchas. A caixa automática de três velocidades já deixava de ser oferecida, afinal, seu alto preço poderia incomodar o sucesso do Kadett, grande novidade da Chevrolet.
Em 1992, como uma das últimas novidades do Chevette, era lançada a famigerada versão Junior. Abrigada sob o guarda-chuvas da lei dos populares 1000, a mesma de Fiat Uno Mille, VW Gol 1000 e Ford Escort Hobby, o sedan da GM trazia uma infeliz redução de cilindrada e de potência do antigo motor 1.4, que se tornava 1.0 para se enquadrar na nova legislação.
Com motor 1.0, versão Junior tinha desempenho sofrível
Ele desenvolvia parcos 50 cv e 7,2 mkgf de torque. Para piorar, o modelo ainda tinha os velhos pênaltis da tração traseira com eixo cardã ligado ao motor (o que desperdiçava muita potência), além da pesada e obsoleta carroceria (os rivais eram mais modernos e leves).
O resultado era um desempenho sofrível mesmo para um carro 1.0 da época: o modelo demorou mais de 25 segundos para ir de 0 a 100 km/h e não passou de 130 km/h nos testes que a imprensa especializada fez na época.
Como era de praxe dentro desse segmento de populares 1.0, o Chevette Junior era extremamente espartano: deixava de lado desde retrovisor direito até encostos de cabeça, que poderiam ser adquiridos à parte.
Somando toda essa simplicidade com o fraco desempenho, essa versão “pelada” não agradou, e saiu de linha menos de um ano depois do lançamento. Com ela, se despedia também esse motor 1.0 disposto longitudinalmente.
Mas o modelo deu seu suspiro final definitivo em 1993: as leis de impostos mudavam e, com isso, a GM conseguiu lançar o Chevette L no lugar do Junior 1.0. Embora permanecesse tão simples quanto a antecessora, essa nova versão tinha o enorme diferencial: era equipada com o mesmo motor 1.6 da configuração mais cara DL. Assim, não perdia desempenho, apenas equipamentos de série.
Mesmo assim, ela durou pouco, mas não pela baixa aceitação: é que, alguns meses depois, exatamente no dia 12 de novembro de 1993, o Chevrolet Chevette e suas duas versões L e DL saíam de linha, após 20 anos ininterruptos e mais de 1,6 milhão de unidades fabricadas. No seu lugar vinha o hatch Corsa, que estava anos-luz à frente em todos os quesitos e começou outra história de sucesso.
Ali, o Chevettinho se despedia com honra, deixando um legado de duas décadas de aceitação, o marco de uma família completa (hatch, sedan, perua e picape) e um espaço especial na história da indústria automotiva brasileira. Até hoje, o popular da GM ainda é famoso pela robustez mecânica e pela confiabilidade, tanto que muitos ainda rodam por aí, mesmo depois de quase 30 anos fora de linha.
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Mantendo a plataforma e elementos básicos, ele inovava com nova frente, lateral (que finalmente recebia quebra-ventos), traseira e interior, seguindo as linhas do irmão maior Monza e também da então nova geração do Kadett na Europa.
VEJA TAMBÉM:
O Chevette agora estava mais quadrado, deixando de lado algumas formas arredondadas de antes, mas mantinha a mecânica confiável: motor longitudinal de 4 cilindros com comando no cabeçote, acoplado à grande novidade que era o novo câmbio de 5 marchas (substituindo o anterior, de apenas quatro). A tradicional tração traseira, que marcava o pequeno carro da Chevrolet, também permanecia.
O motor 1.4 ficava restrito as unidades de exportação. Por aqui, o modelo se mantinha apenas com motor 1.6, que inclusive recebia modificações e ganhava uma versão a álcool, com 72 cv de potência e 12,3 kgfm de torque.
Reestilização feita pela Chevrolet acrescentou um "meio volume” à tampa traseira do Chevette Hatch
Modelo ganhou grade e faróis retangulares
Em 1983, o Chevrolet Chevette liderou o mercado brasileiro
Enquanto isso, a carroceria hatch recebia o chamado “meio volume” na tampa do porta-malas. Ou seja, ainda tinha alguns centímetros de carroceria após o final do vidro traseiro, assim como o Ford Escort. Mas isso não agradou tanto o público consumidor, que passou a preferir a carroceria sedan convencional em vez do hatch.
Líder de mercado em 1983
Ainda em 1983, o equilibrado e emplacando mais de 86 mil unidades.
Sem perder tempo, a Chevrolet já aprontava mais novidades para o Chevette no ano seguinte, em 1984: agora ele passava a contar com o câmbio automático de 3 marchas como opcional nas versões mais caras. A caixa era a mesma do Opala e da Caravan.
Três anos depois, estreavam pequenas modificações no parachoque e na grade (agora fundidos em plástico). Havia também uma nova lanterna traseira, maior e mais vistosa, e uma inédita versão de luxo batizada de SE, logo em seguida renomeada para SL/E.
Mesmo assim, começava a ficar difícil a vida do Chevettinho: rivais como VW Gol e Voyage e Fiat Uno e Prêmio traziam concepção bem mais moderna que a do GM, e, com tração dianteira, faziam mais jus ao segmento dos populares e ofereciam melhor espaço interno.
Nesse ponto, até o próprio que o Chevette e não custava muito mais caro. O peso do seu projeto de mais de 15 anos era um grande pênalti, que a Chevrolet tentava driblar com pequenas melhorias.
Chevrolet tirou o Chevette 4 portas de linha em 1987
Versão DL foi, durante alguns anos, a única disponível
Chevy 500 foi o último integrante da gama Chevette a sair de linha, em 1995
Ainda em 1987, saíam de linha as carrocerias hatch e de quatro portas, sem deixar sucessores, já que elas não agradavam o público consumidor nacional. Restava apenas o queridinho da família, ou seja, o sedan de duas portas.
Marca de 1 milhão de unidades produzidas
Enquanto isso, mesmo com as despedidas, o Chevette batia a importante marca de 1 milhão de unidades produzidas, incluindo a perua Marajó e também a picape Chevy 500, duas das variações da gama que ainda permaneciam no mercado.
Com mais uma tentativa de reanimar as vendas, que já não agradavam tanto quanto antes, chegava o motor 1.6/S em 1988, que nada mais era que o antigo 1.6 com melhorias na alimentação (carburador de corpo duplo) e um conjunto de pistões/bielas mais leves.
Agora modificado em prol de melhor dirigibilidade e menor consumo, os números de potência e torque cresciam: 78 cv e 12,6 kgfm na versão a gasolina ou 81 cv e 12,9 kgfm com álcool. Nessa época ainda havia o luxo do câmbio automático de 3 velocidades, que era oferecido como alternativa à caixa manual de 5 marchas.
Mas as coisas definitivamente não iam bem para esse sedan compacto da GM. No final da década de 80, chegava o sucessor direto, o moderno Kadett: . Essa foi uma das primeiras vezes nas quais duas gerações de um mesmo modelo conviviam no mercado nacional, prática que ficou mais comum nas décadas seguintes.
E por ser mais atual, requintado, tecnológico e arrojado, não demorou muito para o Kadett começar a tomar seu espaço no ranking de vendas, deixando o Chevettinho de escanteio: com quase 20 anos de lançamento, o modelo penava e via suas vendas em queda livre.
O resultado prático disso foi um enxugamento na linha de versões do Chevette: sobrou só a inédita DL, com motor 1.6 e câmbio manual de 5 marchas. A caixa automática de três velocidades já deixava de ser oferecida, afinal, seu alto preço poderia incomodar o sucesso do Kadett, grande novidade da Chevrolet.
Chevrolet Chevette Junior
Em 1992, como uma das últimas novidades do Chevette, era lançada a famigerada versão Junior. Abrigada sob o guarda-chuvas da lei dos populares 1000, a mesma de Fiat Uno Mille, VW Gol 1000 e Ford Escort Hobby, o sedan da GM trazia uma infeliz redução de cilindrada e de potência do antigo motor 1.4, que se tornava 1.0 para se enquadrar na nova legislação.
Com motor 1.0, versão Junior tinha desempenho sofrível
Ele desenvolvia parcos 50 cv e 7,2 mkgf de torque. Para piorar, o modelo ainda tinha os velhos pênaltis da tração traseira com eixo cardã ligado ao motor (o que desperdiçava muita potência), além da pesada e obsoleta carroceria (os rivais eram mais modernos e leves).
O resultado era um desempenho sofrível mesmo para um carro 1.0 da época: o modelo demorou mais de 25 segundos para ir de 0 a 100 km/h e não passou de 130 km/h nos testes que a imprensa especializada fez na época.
Como era de praxe dentro desse segmento de populares 1.0, o Chevette Junior era extremamente espartano: deixava de lado desde retrovisor direito até encostos de cabeça, que poderiam ser adquiridos à parte.
Somando toda essa simplicidade com o fraco desempenho, essa versão “pelada” não agradou, e saiu de linha menos de um ano depois do lançamento. Com ela, se despedia também esse motor 1.0 disposto longitudinalmente.
Chevrolet Chevette 1993
Mas o modelo deu seu suspiro final definitivo em 1993: as leis de impostos mudavam e, com isso, a GM conseguiu lançar o Chevette L no lugar do Junior 1.0. Embora permanecesse tão simples quanto a antecessora, essa nova versão tinha o enorme diferencial: era equipada com o mesmo motor 1.6 da configuração mais cara DL. Assim, não perdia desempenho, apenas equipamentos de série.
Mesmo assim, ela durou pouco, mas não pela baixa aceitação: é que, alguns meses depois, exatamente no dia 12 de novembro de 1993, o Chevrolet Chevette e suas duas versões L e DL saíam de linha, após 20 anos ininterruptos e mais de 1,6 milhão de unidades fabricadas. No seu lugar vinha o hatch Corsa, que estava anos-luz à frente em todos os quesitos e começou outra história de sucesso.
Ali, o Chevettinho se despedia com honra, deixando um legado de duas décadas de aceitação, o marco de uma família completa (hatch, sedan, perua e picape) e um espaço especial na história da indústria automotiva brasileira. Até hoje, o popular da GM ainda é famoso pela robustez mecânica e pela confiabilidade, tanto que muitos ainda rodam por aí, mesmo depois de quase 30 anos fora de linha.
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