Quem gosta de carros antigos pode nem ter ideia de que um país vizinho ao Brasil produziu verdadeiras preciosidades na décadas passadas. É a Argentina, que tem uma indústria automobilística tão antiga quanto a nossa. Curiosamente, apesar da proximidade, vários dos veículos já produzidos por lá são ilustres desconhecidos por aqui.
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O AutoPapo, então, enumerou 10 carros antigos que foram produzidos na Argentina mas, infelizmente, nunca cruzaram a fronteira com o Brasil. Antes de começar a ler, fica o alerta: será difícil evitar uma dorzinha de cotovelo dos “hermanos”. Confira o listão!
Nome Carabella significa caravela em espanhol (foto: Divulgação)
No universo dos carros antigos, o Kaiser Carabella está para a Argentina mais ou menos como o Aero Willys está para o Brasil: ambos são sedãs de origem estadunidense, cujos nascimentos coincidem com os das indústrias automobilísticas de seus respectivos países.
O Kaiser Carabella, porém, era maior e mais luxuoso que o Aero Willys. O sedã tinha extensos 5,47 m de comprimento: desse total, nada menos que 3,01 m correspondiam à distância entre-eixos. O modelo argentino também era mais potente, graças a um motor Continental 3.7 de seis cilindros em linha, capaz de render 145 cv brutos. Porém, não levava vantagem em desempenho, devido ao elevado peso, que superava os 1.600 kg.
O projeto do Carabella era derivado do Manhatan, que saiu de linha nos EUA em 1955. O maquinário de fabricação, então, foi levado ao país vizinho e deu origem ao modelo local. A produção, iniciada em 1958 e encerrada em 1961, resultou em um total de apenas 8.025 veículos. Ainda assim, o sedã virou ícone para os “hermanos”, enquanto as Industrias Kaiser Argentina (IKA) se tornariam uma verdadeira gigante por lá.
Na década de 1970, o Falcon chegou a ser o automóvel mais vendido da Argentina (foto: Divulgação)
Muita gente não sabe, mas o Falcon é uma espécie de “meio irmão” do Mustang: ambos compartilhavam chassi, suspensão e parte das motorizações. É claro que o primeiro não tem a proposta esportiva do segundo, mas também se mostrou um verdadeiro sucesso, tanto nos Estados Unidos, sua terra natal, quanto na… Argentina, nas versões sedan, perua (Rural) e picape (Ranchero)!
A Ford produziu quase 500 mil unidades do Falcon no país vizinho entre 1962 e 1991, embora a nacionalização do modelo por lá, com componentes locais, tenha começado em 1963. Hoje, exemplares em bom estado são disputados no mercado argentino de carros antigos, especialmente os produzidos nas décadas de 1960 e 1970 e equipados com o maior motor disponível: um 3.6 de seis cilindros em linha e 166 cv de potência bruta.
Sierra foi considerado o carro mais tecnológico da Argentina nos anos de 1980, principalmente versão esportiva XR4 (foto: Ford | Divulgação)
Outro Ford argentino de fazer inveja por aqui é o Sierra. O modelo, que tem origem europeia, fez grande sucesso no Velho Continente e chegou a ser cogitado pela filial brasileira da marca. No entanto, foi o mercado vizinho que o recebeu: o início da produção data de 1984 (apenas dois anos após o lançamento mundial), enquanto o fim da linha ocorreu em 1993. Ao todo, foram fabricadas por lá 72 mil unidades do modelo.
Ironicamente, o modelo feito na Argentina utilizava motor brasileiro: o 2.3 OHC que a Ford produzia em Taubaté (SP). Por aqui, essa unidade equipou o Maverick e a picape F-100. No Sierra, tal mecânica chegou a render 120 cv na versão esportiva XR4. No mercado platino, a gama teve uma gama completa de carrocerias, incluindo hatch de duas e de quatro portas, sedan e perua.
Por que a Ford fecha as fábricas do Brasil, mas investe na Argentina? Boris Feldman explica em vídeo!
Chevy ostentava carroceria e mecânica de origem estadunidense (foto: Chevrolet | Divulgação)
Esqueça a Chevy 500, picape compacta homônima, derivada no Chevette, que a Chevrolet produziu no Brasil. O modelo em questão é o estadunidense Nova, rebatizado para o mercado argentino. O modelo é provavelmente, o mais icônico já feito pela marca no país vizinho, graças tanto ao design quanto aos motores 3.8 e 4.1 de seis cilindros, semelhantes aos que equiparam a linha Opala por aqui.
Lançado por lá em 1969, apenas um ano após a aparição nos EUA, o Chevy dispunha, inicialmente apenas de carroceria sedan. Porém, a gama crescia com a chegada do cupê já em 1971. O modelo só saiu de linha em 1978, após a produção de 65.970 exemplares: naquele ano, a Chevrolet encerrou suas atividades industriais na Argentina, retomando-as apenas na década de 1990.
Torino é o maior ícone da indústria argentina (foto: Renault | Divulgação)
Lembra-se da IKA, que produziu o Carabella, primeiro carro do listão? A fabricante chegou ao auge durante a década de 1960, período no qual lançou aquele que é, hoje, o mais cobiçado entre os carros antigos originários da Argentina: o Torino. Trata-se de um cupê baseado no AMC Rambler American estadunidense. A carroceria, projetada pelo estúdio Pininfarina, era exclusiva para o mercado local.
Sob o capô, o Torino oferecia motores Tornado 3.0 e 3.8 de seis cilindros em linha, de origem AMC. A unidade de maior capacidade cúbica chegou a desenvolver 220 cv de potência bruta, graças à adoção de três carburadores duplos Weber. Iniciada em 1966, a produção do cupê continuou até 1982, somando quase 100 mil exemplares. O detalhe é que, em 1975, ele adotou a marca Renault, que adquiriu a IKA naquele ano.
Design do Fuego era muito arrojado para os padrões de 40 anos atrás (foto: Renault | Divulgação)
Depois de encerrar a produção do Torino, originário de outro fabricante, a Renault disponibilizou na Argentina um esportivo de origem própria: o Fuego. Baseado no sedã R18, o cupê chegou ao mercado vizinho em 1982, dois anos após o lançamento na Europa, e só saiu de linha em 1992. A produção local, contudo, foi modesta: cerca de 20 mil unidades.
Entre versões, a esportiva GTA Max, lançada em 1990, é a mais lembrada na Argentina até hoje. Equipada com um motor 2.2 de quatro cilindros capaz de gerar 123 cv de potência, essa configuração do Renault Fuego superava os 200 km/h.
Compacto e com design simpático, o 600 fez sucesso tanto na Europa quanto na Argentina (foto: Shutterstock)
Nas últimas décadas, a gama Fiat é bem parecida tanto no Brasil quanto na Argentina, mas a coisa muda de figura em relação aos carros mais antigos. Isso porque a marca italiana começou a produzir automóveis no país vizinho em 1960, enquanto a instalação por aqui só ocorreu em 1976. E o primeiro modelo feito por lá foi justamente o 600, que ganhou o apelido de “Fitito”, devido às dimensões compactas (o comprimento é de apenas 3,22 m).
Ao contrário de outros veículos do listão, o 600 não é luxuoso nem potente. Pelo contrário: desenvolvia, no máximo 38 cv, quando equipado com um motor traseiro de quatro cilindros e apenas 843 cm³. O que tornou o modelo icônico, além do pioneirismo, foi o design simpático e o sucesso no mercado. Extremamente popular na Argentina, a Fiat só tirou o carrinho de linha por lá em 1982, quando a produção já totalizava 304 mil unidades.
Apenas na Argentina, modelo passou a se chamar 3CV (foto: Shutterstock)
Tal qual o Fiat 600, também o 2CV é um compacto de origem europeia que entrou para a história da indústria argentina. Aliás, o modelo é um ícone da Citroën também na Europa. Isso, graças à simplicidade mecânica e ao sistema de suspensão independente, que proporciona grande desenvoltura em pisos irregulares. No país vizinho, a produção começou em 1960.
Uma curiosidade é que, em 1969, o carrinho ganhou uma denominação exclusiva para o mercado argentino: passou a se chamar 3CV, devido à adoção de um motor mais potente, com 605 cm³, dois cilindros e 28 cv. A Citroën encerrou as atividades industriais no país vizinho em 1979, após a produção de pouco mais de 200 mil veículos, retornando só em 1997. Porém, a montagem do modelo com componentes importados seguiu até 1982.
Marca alemã foi pioneira ao desenvolver uma picape derivada de um sedã (foto: Mercedes-Benz | Divulgação)
Eis um dos carros antigos mais curiosos já feitos na Argentina. O país vizinho foi o único no mundo a receber a picape 220 D, da Mercedes-Benz. O motivo é bastante curioso: o país não permitia a importação de veículos ou de autopeças, exceto para a montagem de modelos utilitários. Então, a marca alemã desenvolveu uma caminhonete a partir do sedã homônimo para tirar proveito da legislação local.
Embora, a rigor, fosse montada na Argentina, e não produzida, a picape entrou para a história da indústria local devido ao projeto inusitado. A Mercedes-Benz montou cerca de 1.200 unidades da 220 D, com carrocerias de cabine simples e dupla, essa última com quatro portas, entre 1971 e 1975. Todas vinham com um motor 2.2 a diesel, com quatro cilindros e 61 cv de potência.
Fabricado sob licença, modelo tinha projeto originário da Alfa Romeo (foto: Divulgação)
O Bergantín é um dos carros mais obscuros da indústria da Argentina e, hoje, é bastante difícil encontrar exemplares no mercado de antigos do país. Isso devido à baixa produção, que durou somente de 1960 a 1962 e resultou em 8.351 veículos. Mas, além da raridade, o que faz dele um modelo desejado é a origem: trata-se de um Alfa Romeo 1900 fabricado sob licença pela IKA.
A fabricante argentina alterou alguns detalhes em relação ao modelo original, inclusive o desenho da dianteira, que perdeu o característico “Cuore Sportivo”. A mecânica também é diferente, já que a IKA optou por propulsores Continental estadunidenses. Havia duas opções: 2.5 de quatro cilindros com 76 cv ou 3.8 de seis cilindros com 115 cv.
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Carros antigos da Argentina
O AutoPapo, então, enumerou 10 carros antigos que foram produzidos na Argentina mas, infelizmente, nunca cruzaram a fronteira com o Brasil. Antes de começar a ler, fica o alerta: será difícil evitar uma dorzinha de cotovelo dos “hermanos”. Confira o listão!
1. Kaiser Carabella
Nome Carabella significa caravela em espanhol (foto: Divulgação)
No universo dos carros antigos, o Kaiser Carabella está para a Argentina mais ou menos como o Aero Willys está para o Brasil: ambos são sedãs de origem estadunidense, cujos nascimentos coincidem com os das indústrias automobilísticas de seus respectivos países.
O Kaiser Carabella, porém, era maior e mais luxuoso que o Aero Willys. O sedã tinha extensos 5,47 m de comprimento: desse total, nada menos que 3,01 m correspondiam à distância entre-eixos. O modelo argentino também era mais potente, graças a um motor Continental 3.7 de seis cilindros em linha, capaz de render 145 cv brutos. Porém, não levava vantagem em desempenho, devido ao elevado peso, que superava os 1.600 kg.
O projeto do Carabella era derivado do Manhatan, que saiu de linha nos EUA em 1955. O maquinário de fabricação, então, foi levado ao país vizinho e deu origem ao modelo local. A produção, iniciada em 1958 e encerrada em 1961, resultou em um total de apenas 8.025 veículos. Ainda assim, o sedã virou ícone para os “hermanos”, enquanto as Industrias Kaiser Argentina (IKA) se tornariam uma verdadeira gigante por lá.
2. Ford Falcon
Na década de 1970, o Falcon chegou a ser o automóvel mais vendido da Argentina (foto: Divulgação)
Muita gente não sabe, mas o Falcon é uma espécie de “meio irmão” do Mustang: ambos compartilhavam chassi, suspensão e parte das motorizações. É claro que o primeiro não tem a proposta esportiva do segundo, mas também se mostrou um verdadeiro sucesso, tanto nos Estados Unidos, sua terra natal, quanto na… Argentina, nas versões sedan, perua (Rural) e picape (Ranchero)!
A Ford produziu quase 500 mil unidades do Falcon no país vizinho entre 1962 e 1991, embora a nacionalização do modelo por lá, com componentes locais, tenha começado em 1963. Hoje, exemplares em bom estado são disputados no mercado argentino de carros antigos, especialmente os produzidos nas décadas de 1960 e 1970 e equipados com o maior motor disponível: um 3.6 de seis cilindros em linha e 166 cv de potência bruta.
3.Ford Sierra
Sierra foi considerado o carro mais tecnológico da Argentina nos anos de 1980, principalmente versão esportiva XR4 (foto: Ford | Divulgação)
Outro Ford argentino de fazer inveja por aqui é o Sierra. O modelo, que tem origem europeia, fez grande sucesso no Velho Continente e chegou a ser cogitado pela filial brasileira da marca. No entanto, foi o mercado vizinho que o recebeu: o início da produção data de 1984 (apenas dois anos após o lançamento mundial), enquanto o fim da linha ocorreu em 1993. Ao todo, foram fabricadas por lá 72 mil unidades do modelo.
Ironicamente, o modelo feito na Argentina utilizava motor brasileiro: o 2.3 OHC que a Ford produzia em Taubaté (SP). Por aqui, essa unidade equipou o Maverick e a picape F-100. No Sierra, tal mecânica chegou a render 120 cv na versão esportiva XR4. No mercado platino, a gama teve uma gama completa de carrocerias, incluindo hatch de duas e de quatro portas, sedan e perua.
Por que a Ford fecha as fábricas do Brasil, mas investe na Argentina? Boris Feldman explica em vídeo!
4. Chevrolet Chevy
Chevy ostentava carroceria e mecânica de origem estadunidense (foto: Chevrolet | Divulgação)
Esqueça a Chevy 500, picape compacta homônima, derivada no Chevette, que a Chevrolet produziu no Brasil. O modelo em questão é o estadunidense Nova, rebatizado para o mercado argentino. O modelo é provavelmente, o mais icônico já feito pela marca no país vizinho, graças tanto ao design quanto aos motores 3.8 e 4.1 de seis cilindros, semelhantes aos que equiparam a linha Opala por aqui.
Lançado por lá em 1969, apenas um ano após a aparição nos EUA, o Chevy dispunha, inicialmente apenas de carroceria sedan. Porém, a gama crescia com a chegada do cupê já em 1971. O modelo só saiu de linha em 1978, após a produção de 65.970 exemplares: naquele ano, a Chevrolet encerrou suas atividades industriais na Argentina, retomando-as apenas na década de 1990.
5. IKA/Renault Torino
Torino é o maior ícone da indústria argentina (foto: Renault | Divulgação)
Lembra-se da IKA, que produziu o Carabella, primeiro carro do listão? A fabricante chegou ao auge durante a década de 1960, período no qual lançou aquele que é, hoje, o mais cobiçado entre os carros antigos originários da Argentina: o Torino. Trata-se de um cupê baseado no AMC Rambler American estadunidense. A carroceria, projetada pelo estúdio Pininfarina, era exclusiva para o mercado local.
Sob o capô, o Torino oferecia motores Tornado 3.0 e 3.8 de seis cilindros em linha, de origem AMC. A unidade de maior capacidade cúbica chegou a desenvolver 220 cv de potência bruta, graças à adoção de três carburadores duplos Weber. Iniciada em 1966, a produção do cupê continuou até 1982, somando quase 100 mil exemplares. O detalhe é que, em 1975, ele adotou a marca Renault, que adquiriu a IKA naquele ano.
6. Renault Fuego
Design do Fuego era muito arrojado para os padrões de 40 anos atrás (foto: Renault | Divulgação)
Depois de encerrar a produção do Torino, originário de outro fabricante, a Renault disponibilizou na Argentina um esportivo de origem própria: o Fuego. Baseado no sedã R18, o cupê chegou ao mercado vizinho em 1982, dois anos após o lançamento na Europa, e só saiu de linha em 1992. A produção local, contudo, foi modesta: cerca de 20 mil unidades.
Entre versões, a esportiva GTA Max, lançada em 1990, é a mais lembrada na Argentina até hoje. Equipada com um motor 2.2 de quatro cilindros capaz de gerar 123 cv de potência, essa configuração do Renault Fuego superava os 200 km/h.
7. Fiat 600
Compacto e com design simpático, o 600 fez sucesso tanto na Europa quanto na Argentina (foto: Shutterstock)
Nas últimas décadas, a gama Fiat é bem parecida tanto no Brasil quanto na Argentina, mas a coisa muda de figura em relação aos carros mais antigos. Isso porque a marca italiana começou a produzir automóveis no país vizinho em 1960, enquanto a instalação por aqui só ocorreu em 1976. E o primeiro modelo feito por lá foi justamente o 600, que ganhou o apelido de “Fitito”, devido às dimensões compactas (o comprimento é de apenas 3,22 m).
Ao contrário de outros veículos do listão, o 600 não é luxuoso nem potente. Pelo contrário: desenvolvia, no máximo 38 cv, quando equipado com um motor traseiro de quatro cilindros e apenas 843 cm³. O que tornou o modelo icônico, além do pioneirismo, foi o design simpático e o sucesso no mercado. Extremamente popular na Argentina, a Fiat só tirou o carrinho de linha por lá em 1982, quando a produção já totalizava 304 mil unidades.
8. Citroën 2CV
Apenas na Argentina, modelo passou a se chamar 3CV (foto: Shutterstock)
Tal qual o Fiat 600, também o 2CV é um compacto de origem europeia que entrou para a história da indústria argentina. Aliás, o modelo é um ícone da Citroën também na Europa. Isso, graças à simplicidade mecânica e ao sistema de suspensão independente, que proporciona grande desenvoltura em pisos irregulares. No país vizinho, a produção começou em 1960.
Uma curiosidade é que, em 1969, o carrinho ganhou uma denominação exclusiva para o mercado argentino: passou a se chamar 3CV, devido à adoção de um motor mais potente, com 605 cm³, dois cilindros e 28 cv. A Citroën encerrou as atividades industriais no país vizinho em 1979, após a produção de pouco mais de 200 mil veículos, retornando só em 1997. Porém, a montagem do modelo com componentes importados seguiu até 1982.
9. Mercedes-Benz 220 D
Marca alemã foi pioneira ao desenvolver uma picape derivada de um sedã (foto: Mercedes-Benz | Divulgação)
Eis um dos carros antigos mais curiosos já feitos na Argentina. O país vizinho foi o único no mundo a receber a picape 220 D, da Mercedes-Benz. O motivo é bastante curioso: o país não permitia a importação de veículos ou de autopeças, exceto para a montagem de modelos utilitários. Então, a marca alemã desenvolveu uma caminhonete a partir do sedã homônimo para tirar proveito da legislação local.
Embora, a rigor, fosse montada na Argentina, e não produzida, a picape entrou para a história da indústria local devido ao projeto inusitado. A Mercedes-Benz montou cerca de 1.200 unidades da 220 D, com carrocerias de cabine simples e dupla, essa última com quatro portas, entre 1971 e 1975. Todas vinham com um motor 2.2 a diesel, com quatro cilindros e 61 cv de potência.
10. IKA Bergantín
Fabricado sob licença, modelo tinha projeto originário da Alfa Romeo (foto: Divulgação)
O Bergantín é um dos carros mais obscuros da indústria da Argentina e, hoje, é bastante difícil encontrar exemplares no mercado de antigos do país. Isso devido à baixa produção, que durou somente de 1960 a 1962 e resultou em 8.351 veículos. Mas, além da raridade, o que faz dele um modelo desejado é a origem: trata-se de um Alfa Romeo 1900 fabricado sob licença pela IKA.
A fabricante argentina alterou alguns detalhes em relação ao modelo original, inclusive o desenho da dianteira, que perdeu o característico “Cuore Sportivo”. A mecânica também é diferente, já que a IKA optou por propulsores Continental estadunidenses. Havia duas opções: 2.5 de quatro cilindros com 76 cv ou 3.8 de seis cilindros com 115 cv.
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