A Volkswagen já teve uma tradicional história de sedãs médios no Brasil. E chegou a ostentar três modelos de respeito nesta categoria nos anos 2000. Um deles foi o Volkswagen Bora. O carro surgiu meio que entre o saudoso Santana e o Jetta.
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Inclusive, o Volkswagen Bora vendido aqui foi uma das primeiras gerações do Jetta mexicano. De bom, a herança da dinâmica e engenharia da montadora alemã que tornaram-no um sedã que conseguia entregar desempenho e diversão com uma boa dose de espaço a uma categoria tradicional.
O Bora vendido no Brasil era derivado do Golf IV, que foi fabricado em São José dos Pinhais (PR)
Hoje, o Volkswagen Bora é uma opção de usado justamente por esses predicados. Motores robustos e bem dispostos, ótima posição de dirigir e uma lista de equipamentos satisfatória – até para os dias atuais. Veja 10 fatos sobre o sedã médio da marca alemã.
O primeiro Volkswagen Bora chegou ao Brasil em dezembro de 2000, já como linha 2001. Importado do Mèxico, onde era fabricado na planta de Puebla, chegou por aqui em duas versões e sempre com motor 2.0 a gasolina de 116 cv, e câmbio automático oferecido com opcional.
Sedã agrada pelo visual limpo e bom desempenho
Dois anos depois passou a ser negociado só em versão mais completa, com itens como airbag duplo e ar-condicionado digital. Em 2005, sofreu leves mudanças no desenho, como a adoção de alguns cromados e lentes brancas para as setas. No embalo, ganhou mais itens de série.
A primeira reestilização de fato só veio em 2007. O Volkswagen Bora teve grade e faróis redesenhados e foi equipado com o câmbio automático Tiptronic, com seis marchas. Curiosamente, virou flex em 2009, um ano antes de ter a importação interrompida, no fim de 2010. Ao todo, foram 18 mil unidades do sedã emplacadas por aqui.
O Volkswagen Bora vendido por aqui usou a plataforma de um automóvel bastante desejado e conhecido. Isso mesmo, o sedã era feito sobre a arquitetura PQ34, a mesma do Golf IV, aquele que se perpetuou no mercado brasileiro por 16 anos, e que também serviu ao Audi A3 nacional.
Em 2006 apareceu um novo sedã médio da VW no Brasil, também importado do México e que não só conviveu com o Bora, como usava o mesmo nome por lá. Isso mesmo. O Jetta que estreou no nosso país em 2006 chamava-se Bora em seu país de origem.
O Jetta (que também era vendido lá fora como Bora) chegou ao Brasil construído sobre a plataforma do Golf V, enquanto o Bora (importado do México) era montado na base do Golf de quarta geração
Já o Bora era o contrário: era chamado de Jetta por lá. E qual a diferença entre os dois? O Bora era baseado no Golf IV, enquanto o Jetta já usava a plataforma do hatch médio de quinta geração, que não foi vendido no Brasil.
O sedã traz o que a Volks costuma oferecer de melhor: desempenho e robustez, e ainda com uma base de Golf. A maioria dos modelos usados do sedã disponíveis no mercado usa motor 2.0 que bebe só gasolina e com câmbio manual.
As primeiras relações mais curtas dão aquela pitada mais arisca ao desempenho do Volkswagen Bora. O 0 a 100 km/h é feito em menos de 11 segundos mas o melhor está nas retomadas, com o toque de 17,3 kgfm disponível em sua plenitude nas 2.200 rpm.
O veterano e confiável EA113 2.0 de 120 cv oferecia bom comportamento para o sedã mexicano
Quando flex o motor gera 120 cv com etanol e mantém os 116 cv com gasolina. As arrancadas pouco mudam, enquanto o torque aparece um pouco mais tarde, a 2.400 giros. O grande avanço foi em relação às opções automáticas. O câmbio Tiptronic melhorou em termos de agilidade nas trocas de marcha e dá aquela dose de conforto.
A ergonomia é um dos pontos fortes na cabine do Volkswagen Bora. A maioria dos comandos está levemente voltada para o motorista e ao alcance das mãos. Na frente, condutor e carona também desfrutam de bom espaço para pernas e joelhos. O mesmo não ocorre atrás. Passageiros não têm bom vão para pernas e cabeças.
O porta-malas do Volkswagen Bora, por sua vez, tem 435 litros de volume e acomoda bagagens de diferentes tamanhos. O isolamento acústico é falho e o acerto da suspensão mais firme faz com que o carro bata um pouco mais seco nos buracos.
O acabamento dos carros da Volkswagen nunca foi o ponto forte dos modelos da marca alemã, e com o Bora não é diferente. Excesso de plástico de aparência simples e com pouca inspiração no design dominam o habitáculo.
A construção do Bora é boa, mas a qualidade dos materiais de acabamento deixam a desejar, principalmente após a reestilização
Só que na reestilização o Volkswagen Bora teve o acabamento interno ainda mais simplificado. Um downgrade a olhos vistos e uma qualidade de plásticos que resultaram em queixas quanto ao nível de ruídos na cabine.
Vamos de Volkswagen Bora automático ano 2009. Os preços nas principais plataformas de compra e venda de carros oscilam entre R$ 35 mil e R$ 42 mil (valores pesquisados na primeira semana de outubro de 2024).
Entre os equipamentos de segurança, apenas freios a disco nas quatro rodas e assistentes ABS e EBD, airbag duplo frontal e alarme. No conforto, ar automático, trio, ajustes de altura e profundidade do volante, som com CD player, entre outros.
Para um sedã médio com 15 anos de uso as peças do Volkswagen Bora não são caras. E a manutenção do motor EA 113 também não tem fama de ser complexa.
Veja os preços de alguns componentes do Volkswagen Bora 2009:
As principais queixas em relação ao Volkswagen Bora recaem justamente no acabamento interno. Não só devido à sinfonia de grilos por causa do plástico ruim usado na cabine. Mas também em relação a tecidos e forros que estufam e se soltam no teto e nas portas.
Fique atento também à ruídos e trepidações na coluna de direção e se o câmbio Tiptronic não apresenta falhas com o carro em movimento.
As primeiras unidades do Volkswagen Bora vendidas no Brasil passaram por um recall para verificação, e eventual troca, do chip da unidade de controle do sistema ABS dos freios.
VEJA TAMBÉM:
Inclusive, o Volkswagen Bora vendido aqui foi uma das primeiras gerações do Jetta mexicano. De bom, a herança da dinâmica e engenharia da montadora alemã que tornaram-no um sedã que conseguia entregar desempenho e diversão com uma boa dose de espaço a uma categoria tradicional.
O Bora vendido no Brasil era derivado do Golf IV, que foi fabricado em São José dos Pinhais (PR)
Hoje, o Volkswagen Bora é uma opção de usado justamente por esses predicados. Motores robustos e bem dispostos, ótima posição de dirigir e uma lista de equipamentos satisfatória – até para os dias atuais. Veja 10 fatos sobre o sedã médio da marca alemã.
Trajetória
O primeiro Volkswagen Bora chegou ao Brasil em dezembro de 2000, já como linha 2001. Importado do Mèxico, onde era fabricado na planta de Puebla, chegou por aqui em duas versões e sempre com motor 2.0 a gasolina de 116 cv, e câmbio automático oferecido com opcional.
Sedã agrada pelo visual limpo e bom desempenho
Dois anos depois passou a ser negociado só em versão mais completa, com itens como airbag duplo e ar-condicionado digital. Em 2005, sofreu leves mudanças no desenho, como a adoção de alguns cromados e lentes brancas para as setas. No embalo, ganhou mais itens de série.
A primeira reestilização de fato só veio em 2007. O Volkswagen Bora teve grade e faróis redesenhados e foi equipado com o câmbio automático Tiptronic, com seis marchas. Curiosamente, virou flex em 2009, um ano antes de ter a importação interrompida, no fim de 2010. Ao todo, foram 18 mil unidades do sedã emplacadas por aqui.
Era um Golf
O Volkswagen Bora vendido por aqui usou a plataforma de um automóvel bastante desejado e conhecido. Isso mesmo, o sedã era feito sobre a arquitetura PQ34, a mesma do Golf IV, aquele que se perpetuou no mercado brasileiro por 16 anos, e que também serviu ao Audi A3 nacional.
Troca troca
Em 2006 apareceu um novo sedã médio da VW no Brasil, também importado do México e que não só conviveu com o Bora, como usava o mesmo nome por lá. Isso mesmo. O Jetta que estreou no nosso país em 2006 chamava-se Bora em seu país de origem.
O Jetta (que também era vendido lá fora como Bora) chegou ao Brasil construído sobre a plataforma do Golf V, enquanto o Bora (importado do México) era montado na base do Golf de quarta geração
Já o Bora era o contrário: era chamado de Jetta por lá. E qual a diferença entre os dois? O Bora era baseado no Golf IV, enquanto o Jetta já usava a plataforma do hatch médio de quinta geração, que não foi vendido no Brasil.
Desempenho do Bora
O sedã traz o que a Volks costuma oferecer de melhor: desempenho e robustez, e ainda com uma base de Golf. A maioria dos modelos usados do sedã disponíveis no mercado usa motor 2.0 que bebe só gasolina e com câmbio manual.
As primeiras relações mais curtas dão aquela pitada mais arisca ao desempenho do Volkswagen Bora. O 0 a 100 km/h é feito em menos de 11 segundos mas o melhor está nas retomadas, com o toque de 17,3 kgfm disponível em sua plenitude nas 2.200 rpm.
O veterano e confiável EA113 2.0 de 120 cv oferecia bom comportamento para o sedã mexicano
Quando flex o motor gera 120 cv com etanol e mantém os 116 cv com gasolina. As arrancadas pouco mudam, enquanto o torque aparece um pouco mais tarde, a 2.400 giros. O grande avanço foi em relação às opções automáticas. O câmbio Tiptronic melhorou em termos de agilidade nas trocas de marcha e dá aquela dose de conforto.
Por falar em conforto…
A ergonomia é um dos pontos fortes na cabine do Volkswagen Bora. A maioria dos comandos está levemente voltada para o motorista e ao alcance das mãos. Na frente, condutor e carona também desfrutam de bom espaço para pernas e joelhos. O mesmo não ocorre atrás. Passageiros não têm bom vão para pernas e cabeças.
O porta-malas do Volkswagen Bora, por sua vez, tem 435 litros de volume e acomoda bagagens de diferentes tamanhos. O isolamento acústico é falho e o acerto da suspensão mais firme faz com que o carro bata um pouco mais seco nos buracos.
Acabamento piorou
O acabamento dos carros da Volkswagen nunca foi o ponto forte dos modelos da marca alemã, e com o Bora não é diferente. Excesso de plástico de aparência simples e com pouca inspiração no design dominam o habitáculo.
A construção do Bora é boa, mas a qualidade dos materiais de acabamento deixam a desejar, principalmente após a reestilização
Só que na reestilização o Volkswagen Bora teve o acabamento interno ainda mais simplificado. Um downgrade a olhos vistos e uma qualidade de plásticos que resultaram em queixas quanto ao nível de ruídos na cabine.
Nossa dica
Vamos de Volkswagen Bora automático ano 2009. Os preços nas principais plataformas de compra e venda de carros oscilam entre R$ 35 mil e R$ 42 mil (valores pesquisados na primeira semana de outubro de 2024).
Entre os equipamentos de segurança, apenas freios a disco nas quatro rodas e assistentes ABS e EBD, airbag duplo frontal e alarme. No conforto, ar automático, trio, ajustes de altura e profundidade do volante, som com CD player, entre outros.
Manutenção do Bora
Para um sedã médio com 15 anos de uso as peças do Volkswagen Bora não são caras. E a manutenção do motor EA 113 também não tem fama de ser complexa.
Veja os preços de alguns componentes do Volkswagen Bora 2009:
- Jogo com 4 pastilhas do freio dianteiro: R$ 160 a R$ 300
- Kit com 4 velas de ignição: R$ 90 a R$ 200
- Kit troca de óleo (4 litros 5W40 + filtro): R$ 200 a R$ 380
- Bomba de combustível: R$ 200 a R$ 400
- Jogo de amortecedores traseiros: R$ 500 a R$ 700
- Farol dianteiro: R$ 550 a R$ 900
- Para-choque traseiro: R$ 240 a R$ 450
Principais problemas
As principais queixas em relação ao Volkswagen Bora recaem justamente no acabamento interno. Não só devido à sinfonia de grilos por causa do plástico ruim usado na cabine. Mas também em relação a tecidos e forros que estufam e se soltam no teto e nas portas.
Fique atento também à ruídos e trepidações na coluna de direção e se o câmbio Tiptronic não apresenta falhas com o carro em movimento.
As primeiras unidades do Volkswagen Bora vendidas no Brasil passaram por um recall para verificação, e eventual troca, do chip da unidade de controle do sistema ABS dos freios.