O Fiat Mobi é daqueles carros que demoraram um pouco, mas acabaram embalando no mercado. Em 2021, o subcompacto vem se mantendo entre os 5 automóveis mais vendidos do país. Preço ele sempre teve: desde 2016, quando foi lançado, é um dos modelos zero-quilômetro mais acessíveis do país, junto com o Renault Kwid. A última novidade da gama é a versão Trekking, testada pelo AutoPapo.
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A versão Trekking estreou junto com a linha 2022, para ocupar a posição top: com preço a partir de R$ 59.990, é a opção mais cara dentro da gama. Ainda assim, o Fiat é ligeiramente mais em conta que . Como diferencial, o subcompacto da marca italiana traz visual mais chamativo, com direito a adesivos nas laterais e no capô, além de rack de teto.
A lista de equipamentos inclui o essencial, como ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, vidros elétricos nas portas dianteiras, computador de bordo, travas elétricas com telecomando e até central multimídia.
Central multimídia e volante multifuncional vêm de série
O sistema de infotenimento, no caso, tem tela touch de 7 polegadas, compatibilidade com Android Auto e Apple Car Play, conexões Wireless e Bluetooth, entrada USB e sistema de reconhecimento de voz. Tudo associado a um volante multifuncional: nada mau para um dito carro de entrada!
Mas nem tudo é perfeito, pois o Fiat Mobi Trekking ainda cobra à parte por itens banais, como volante e cintos dianteiros com regulagem de altura e comando interno de abertura de porta-malas e tanque de combustível: tais pormenores, que deveriam vir de série, integram um pacote que inclui ainda retrovisores elétricos e sensores de ré, por R$ 1.500. Rodas de liga leve aro 14 e faróis de neblina vêm em outro kit, por R$ 2.300.
Sob o capô, o Fiat Mobi Trekking não empolga. A gama já chegou a oferecer o moderno motor Firefly 1.0 de três cilindros, mas, desde a linha 2020, essa motorização foi abolida: todas as versões vêm com o velho 1.0 Fire de quatro pistões. São apenas 73 cv de potência com gasolina e 75 cv com etanol, enquanto o torque não passa de 9,5 kgfm e de 9,9 kgfm, com ambos os combustíveis, respectivamente. O sistema de partida a frio ainda não aposentou o subtanque auxiliar.
Motor 1.0 Fire é o único disponível para a linha Mobi
É verdade que, ajudado pelo baixo peso de apenas 967 kg, o Fiat Mobi Trekking não faz feio diante de outros carros 1.0 de aspiração natural. O hatch é relativamente ágil no trânsito urbano, para o qual contribui também a conhecida disposição do motor Fire em baixas rotações. Na estrada, a situação se inverte, pois o fôlego do propulsor acaba quando é preciso esticar as marchas, exigindo cuidado redobrado em ultrapassagens.
O baixo peso também ajuda nas frenagens. O sistema com discos ventilados na dianteira e tambores na traseira imobiliza o hatch sem dificuldade. Já a suspensão, que é elevada nas versões Trekking e Like, proporciona estabilidade não mais que razoável, mas agrada na hora de transpor entradas de garagem, valetas, quebra-molas e outros obstáculos urbanos. O hatch encara tudo isso sem esbarrar a parte inferior contra o solo.
O câmbio manual de cinco marchas, que também é o único oferecido na linha Mobi, mantém o manuseio característico de outros modelos da linha Fiat: os engates são macios, mas longos e não muito precisos. Já a direção é hidráulica: trata-se de um sistema obsoleto, substituído pela assistência elétrica na maioria dos automóveis. Ao menos esse item vem de série e tem calibração adequada.
Nas aferições realizadas pelo AutoPapo, o consumo do Fiet Mobi Trekking ficou em 12 km/l na cidade e em 14,3 km/l na estrada, com gasolina no tanque. Bons resultados, portanto! O Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBE) do Inmetro informa médias de 13 km/l e de 14,1 km/l, respectivamente, com o mesmo combustível. Com etanol, segundo o PBE, são 8,9 km/l no ciclo urbano e 10,1 km/l no rodoviário.
Internamente, o ponto fraco do Fiat Mobi Trekking é a falta de espaço para as pernas no banco traseiro: até mesmo adultos de baixa estatura sentam-se apertados ali. Outros hatches subcompactos, como o Renault Kwid e são melhores nesse quesito. Já os ocupantes dos bancos dianteiros contam com boas acomodações.
Versão conta também com molduras plásticas nos para-lamas e rack no teto
Falta espaço também no porta-malas, que acomoda parcos 200 litros: novamente, vale lembrar que outros modelos de porte semelhante oferecem mais espaço. Ademais, a tampa traseira toda de vidro, destaque estilístico da linha Mobi, é pequena, o que implica em um vão de acesso estreito e com base muito alta. Para piorar, o banco traseiro não é bipartido, limitando as possibilidades de rebatimento.
No que diz respeito ao acabamento, até que o Fiat Mobi Trekking agrada. Não que o modelo seja luxuoso: o material do painel e das forrações das portas resume-se a plástico duro. Mas o caso é que essas características estão absolutamente dentro das expectativas da faixa de preço do modelo. A montagem é correta, e as texturas dos revestimentos, agradável. A verdade é que o padrão não difere muito daquele visto em hatches mais caros.
A ergonomia a bordo também é correta. O motorista goza de boa visibilidade, comandos acessíveis e painel completo. Merecem correção os pedais deslocados para a direita, além da já citada oferta da regulagem de altura da direção apenas como opcional.
Hatch tem 19 cm de altura livre do solo
Adesivos pretos no capô, no teto e nas laterais vêm somente na versão Trekking
Baixo peso, de apenas 967 kg, favorece desempenho e consumo
Rodas de liga leve de 14 polegadas são opcionais
Versão conta também com molduras plásticas nos para-lamas e rack no teto
Motor 1.0 Fire é o único disponível para a linha Mobi
Central multimídia e volante multifuncional vêm de série
Acabamento é coerente com o segmento do modelo
Com o esvaziamento do segmento de carros de entrada, o Fiat Mobi tem se firmado cada vez mais no mercado, ainda que a versão Trekking, top de linha, já esbarre na faixa de preço dos compactos. Os bons números de vendas comprovam que o modelo é uma opção válida.
Mas, se viesse com o moderno motor FireFly e com uma lista de itens de série um pouco mais generosa, o hatch aventureiro ficaria ainda mais interessante para o consumidor. Quem opta pela compra desfruta de uma garantia de 3 anos, sem limite de quilometragem.
Já comparamos o Volkswagen up! com o Fiat Mobi: Quem ganha essa disputa? Assista ao vídeo e descubra!
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A versão Trekking estreou junto com a linha 2022, para ocupar a posição top: com preço a partir de R$ 59.990, é a opção mais cara dentro da gama. Ainda assim, o Fiat é ligeiramente mais em conta que . Como diferencial, o subcompacto da marca italiana traz visual mais chamativo, com direito a adesivos nas laterais e no capô, além de rack de teto.
Equipamentos do Fiat Mobi Trekking
A lista de equipamentos inclui o essencial, como ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, vidros elétricos nas portas dianteiras, computador de bordo, travas elétricas com telecomando e até central multimídia.
Central multimídia e volante multifuncional vêm de série
O sistema de infotenimento, no caso, tem tela touch de 7 polegadas, compatibilidade com Android Auto e Apple Car Play, conexões Wireless e Bluetooth, entrada USB e sistema de reconhecimento de voz. Tudo associado a um volante multifuncional: nada mau para um dito carro de entrada!
Mas nem tudo é perfeito, pois o Fiat Mobi Trekking ainda cobra à parte por itens banais, como volante e cintos dianteiros com regulagem de altura e comando interno de abertura de porta-malas e tanque de combustível: tais pormenores, que deveriam vir de série, integram um pacote que inclui ainda retrovisores elétricos e sensores de ré, por R$ 1.500. Rodas de liga leve aro 14 e faróis de neblina vêm em outro kit, por R$ 2.300.
Mecânica
Sob o capô, o Fiat Mobi Trekking não empolga. A gama já chegou a oferecer o moderno motor Firefly 1.0 de três cilindros, mas, desde a linha 2020, essa motorização foi abolida: todas as versões vêm com o velho 1.0 Fire de quatro pistões. São apenas 73 cv de potência com gasolina e 75 cv com etanol, enquanto o torque não passa de 9,5 kgfm e de 9,9 kgfm, com ambos os combustíveis, respectivamente. O sistema de partida a frio ainda não aposentou o subtanque auxiliar.
Motor 1.0 Fire é o único disponível para a linha Mobi
É verdade que, ajudado pelo baixo peso de apenas 967 kg, o Fiat Mobi Trekking não faz feio diante de outros carros 1.0 de aspiração natural. O hatch é relativamente ágil no trânsito urbano, para o qual contribui também a conhecida disposição do motor Fire em baixas rotações. Na estrada, a situação se inverte, pois o fôlego do propulsor acaba quando é preciso esticar as marchas, exigindo cuidado redobrado em ultrapassagens.
O baixo peso também ajuda nas frenagens. O sistema com discos ventilados na dianteira e tambores na traseira imobiliza o hatch sem dificuldade. Já a suspensão, que é elevada nas versões Trekking e Like, proporciona estabilidade não mais que razoável, mas agrada na hora de transpor entradas de garagem, valetas, quebra-molas e outros obstáculos urbanos. O hatch encara tudo isso sem esbarrar a parte inferior contra o solo.
O câmbio manual de cinco marchas, que também é o único oferecido na linha Mobi, mantém o manuseio característico de outros modelos da linha Fiat: os engates são macios, mas longos e não muito precisos. Já a direção é hidráulica: trata-se de um sistema obsoleto, substituído pela assistência elétrica na maioria dos automóveis. Ao menos esse item vem de série e tem calibração adequada.
Consumo
Nas aferições realizadas pelo AutoPapo, o consumo do Fiet Mobi Trekking ficou em 12 km/l na cidade e em 14,3 km/l na estrada, com gasolina no tanque. Bons resultados, portanto! O Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBE) do Inmetro informa médias de 13 km/l e de 14,1 km/l, respectivamente, com o mesmo combustível. Com etanol, segundo o PBE, são 8,9 km/l no ciclo urbano e 10,1 km/l no rodoviário.
Interior do Fiat Mobi Trekking
Internamente, o ponto fraco do Fiat Mobi Trekking é a falta de espaço para as pernas no banco traseiro: até mesmo adultos de baixa estatura sentam-se apertados ali. Outros hatches subcompactos, como o Renault Kwid e são melhores nesse quesito. Já os ocupantes dos bancos dianteiros contam com boas acomodações.
Versão conta também com molduras plásticas nos para-lamas e rack no teto
Falta espaço também no porta-malas, que acomoda parcos 200 litros: novamente, vale lembrar que outros modelos de porte semelhante oferecem mais espaço. Ademais, a tampa traseira toda de vidro, destaque estilístico da linha Mobi, é pequena, o que implica em um vão de acesso estreito e com base muito alta. Para piorar, o banco traseiro não é bipartido, limitando as possibilidades de rebatimento.
No que diz respeito ao acabamento, até que o Fiat Mobi Trekking agrada. Não que o modelo seja luxuoso: o material do painel e das forrações das portas resume-se a plástico duro. Mas o caso é que essas características estão absolutamente dentro das expectativas da faixa de preço do modelo. A montagem é correta, e as texturas dos revestimentos, agradável. A verdade é que o padrão não difere muito daquele visto em hatches mais caros.
A ergonomia a bordo também é correta. O motorista goza de boa visibilidade, comandos acessíveis e painel completo. Merecem correção os pedais deslocados para a direita, além da já citada oferta da regulagem de altura da direção apenas como opcional.
Hatch tem 19 cm de altura livre do solo
Adesivos pretos no capô, no teto e nas laterais vêm somente na versão Trekking
Baixo peso, de apenas 967 kg, favorece desempenho e consumo
Rodas de liga leve de 14 polegadas são opcionais
Versão conta também com molduras plásticas nos para-lamas e rack no teto
Motor 1.0 Fire é o único disponível para a linha Mobi
Central multimídia e volante multifuncional vêm de série
Acabamento é coerente com o segmento do modelo
Vale a pena?
Com o esvaziamento do segmento de carros de entrada, o Fiat Mobi tem se firmado cada vez mais no mercado, ainda que a versão Trekking, top de linha, já esbarre na faixa de preço dos compactos. Os bons números de vendas comprovam que o modelo é uma opção válida.
Mas, se viesse com o moderno motor FireFly e com uma lista de itens de série um pouco mais generosa, o hatch aventureiro ficaria ainda mais interessante para o consumidor. Quem opta pela compra desfruta de uma garantia de 3 anos, sem limite de quilometragem.
Pontos fortes do Fiat Mobi Trekking
- Altura em relação ao solo
- Consumo de combustível
Pontos fracos do Fiat Mobi Trekking
- Espaço no banco traseiro
- Espaço no porta-malas
Já comparamos o Volkswagen up! com o Fiat Mobi: Quem ganha essa disputa? Assista ao vídeo e descubra!
Ficha técnica | Fiat Mobi Trekking 2022 |
---|---|
Motor | Dianteiro, transversal, flex, 999 cm³, com quatro cilindros em linha, de 74,5 mm de diâmetro e 64,9 mm de curso, 8 válvulas |
Potência | 73 cv (gasolina) e 75 cv (etanol) a 6.250 rpm |
Torque | 9,5 kgfm (gasolina) e 9,9 kgfm (etanol) a 3.850 rpm |
Transmissão | manual de 5 velocidades, tração dianteira |
Suspensão | McPherson na dianteira e barra de torção na traseira |
Rodas e pneus | rodas de liga leve (opcionais) de 5,5” x 14”; pneus 175/65 R14” |
Freios | discos ventilados na dianteira e tambores na traseira, com ABS e EBD |
Direção | assistida hidraulicamente |
Dimensões | 3,566 m de comprimento, 1,552 m de altura, 1666 m de largura e 2,566 m de distância entre-eixos |
Vão livre do solo | 190 mm |
Peso | 967 kg |
Tanque de combustível | 47 litros |
Porta-malas | 200 litros |
Carga útil | 400 kg |
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