Aquela defasagem entre veículos feitos aqui e na Europa diminuiu bastante nos últimos tempos. Mas ainda há carros diferentes, e até melhores, lá fora que seus similares brasileiros.
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Não falamos nem da demora dos importados em chegarem. E sim de automóveis feitos aqui que compartilham nome e até estilo, mas cuja base usada no Brasil é mais simples. Ou mesmo modelos que já mudaram de geração lá fora e utilizam arquitetura antiga em nosso mercado.
Tucson dos gringos é moderno, enquanto o nacional é da geração passada (Foto: Hyundai | Divulgação)
A Motor Brasil outro dia ressuscitou a montagem do Tucson nas instalações da Caoa em Goiás. Só que a quarta geração do SUV médio já roda lá fora desde 2021.
Além de maior, o Tucson estrangeiro é mais tecnológico. Tem quadro de instrumentos eletrônico integrado à multimídia, head-up display e comandos do ar sensíveis ao toque.
O Tucson goiano até passou por um banho de loja para voltar à labuta. Nova central multimídia, ar automático dual zone e carregador de celular por indução, além de alerta de ponto cego e de tráfego cruzado traseiro.
Mas o Tucson lá de fora é um daqueles carros melhores em termos de plataforma e equipamentos. O gringo tem opção de motorização híbrida e pacote ADAS mais robusto, com controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma e assistente de faixa.
Segunda geração da Amarok, derivada da Ford Ranger, é vendida em mercados como o sul-africano (Foto: VW | Divulgação)
A reestilização da picape média nem atenuou direito a defasagem para a segunda geração que é produzida na África do Sul. A nova Amarok se vale da base da Ford Ranger, enquanto a daqui é a mesma feita na Argentina desde 2010.
No Mercosul, a picape passou por uma maquiagem, principalmente na dianteira. Porém, a lá de fora é um dos carros melhores que a brasileira por fora e por dentro.
Além de um design mais moderno, a cabine da nova Amarok parece outro veículo. Quadro de instrumentos digital, multimídia com telas de 10” ou 12” e acabamento mais inspirado. Na daqui, a central é a mesma da Saveiro…
A Amarok 2 ainda oferece capacidade de carga superior (1.200 kg), entre-eixos maior e equipamentos de auxílio à condução. A vendida no Brasil traz um melancólico Safer Tag, uma telinha colocada acima do painel onde são disparados alertas de segurança.
De quebra, para uma humilhação extra para a Amarok velha, ela foi avaliada no Latin NCAP na mesma bateria de testes de segurança que a nova Ranger. A Ford levou o máximo de 5 estrelas. A Amarok, 3.
Toyota Yaris vendido na Europa é um carro bem diferente da dupla nacional, que está em fim de carreira (Foto: Toyota | Divulgação)
Quando o Etios foi lançado aqui, todo mundo questionou por que trazer um carro com projeto tão simples se a montadora tinha o Yaris. A justificativa era o custo para fazer o compacto europeu.
Cinco anos depois, a Toyota resolveu fazer o Yaris aqui. Mas, calma, que é um dos carros que tem modelos melhores lá fora. Isso porque hatch e sedã produzidos em Sorocaba (SP) são baseados no projeto tailandês sobre a plataforma Entry Family Car (EFC) , a mesma do… Etios.
O Yaris que roda na Europa se vale da arquitetura TNGA-B. Além disso, tem versão híbrida. Sem falar na cabine, com quadro de instrumentos eletrônico que pode usar display de até 12” e multimídia com tela de melhor definição e de até 10”.
A qualidade do acabamento do C3 Aircross não pode ser contestada em sua versão europeia, bem diferente do que acontece com o carro no Brasil (Foto: Citroën | Divulgação)
O C3 Aircross europeu é feito sobre a mesma plataforma CMP que o SUV fabricado no Brasil. Só que a concepção do nosso é oriunda de um projeto indiano de baixo custo, o que faz do compacto europeu um dos carros melhores que rodam lá fora.
O acabamento interno do carro vendido no Velho Mundo usa materiais que aparentam melhor qualidade. Além disso, oferece acerto da carroceria mais apurado e opções com sistema híbrido-leve.
No Velho Mundo, o VW Nivus é chamado de Taigo e conta com assistentes de condução mais modernos que seu primo tupiniquim (Foto: VW | Divulgação)
Não dá para dizer que o Taigo é um dos carros melhores que o similar brasileiro. Até porque, nesse caso, o nosso SUV é o original, pois o projeto foi liderado pela filial brasileira da Volks.
Mas tem diferenças interessantes visuais. E uma mais significativa que diz respeito aos sistemas de condução semi-autônoma.
O Taigo Europeu é equipado com IQ.Drive Travel Assist. O dispositivo dirige o carro “sozinho” em velocidades de até 210 km/h, combinado ao controle de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão frontal, frenagem automática de emergência e assistente ativo de permanência em faixa.
O Nivus nacional tem ACC e frenagem de emergência. Só que estes funcionam em velocidades de até 50 km/h.
Segunda geração do Duster já estrou na Europa, onde é fabricado pela romena Dacia, é um carro bem diferente do SUV brasileiro (Foto: Dacia | Divulgação)
Mais um exemplo de carros que são melhores lá fora. O Duster já está uma geração à frente na Europa. Além da arquitetura CMF-B mais moderna, ela é eletrificada, o que possibilita a existência de uma versão híbrida do SUV.
Inspirado no carro-conceito Bigster, o novo Duster também está mais espaçoso que o nosso, que usa a plataforma B0. Na cabine, acabamento melhor, quadro de instrumentos digital, central multimídia destacada do painel e alavanca de câmbio minimalista igual à do Kardian.
Chevrolet Colorado é a prima moderna da S10 brasileira, inclusive inspirou na mais recente plástica da picape (Foto: GM | Divulgação)
A Chevrolet S10 foi remodelada em 2024 e, justiça seja feita, tem várias similaridades com a estadunidense Colorado. As duas usam a mesma base e boa parte das chapas de estamparia.
Mesmo assim, a Colorado tem diferenças na cabine. O painel é diferente, assim como a posição de bancos e console.
VEJA TAMBÉM:
Não falamos nem da demora dos importados em chegarem. E sim de automóveis feitos aqui que compartilham nome e até estilo, mas cuja base usada no Brasil é mais simples. Ou mesmo modelos que já mudaram de geração lá fora e utilizam arquitetura antiga em nosso mercado.
1. Hyundai Tucson
Tucson dos gringos é moderno, enquanto o nacional é da geração passada (Foto: Hyundai | Divulgação)
A Motor Brasil outro dia ressuscitou a montagem do Tucson nas instalações da Caoa em Goiás. Só que a quarta geração do SUV médio já roda lá fora desde 2021.
Além de maior, o Tucson estrangeiro é mais tecnológico. Tem quadro de instrumentos eletrônico integrado à multimídia, head-up display e comandos do ar sensíveis ao toque.
O Tucson goiano até passou por um banho de loja para voltar à labuta. Nova central multimídia, ar automático dual zone e carregador de celular por indução, além de alerta de ponto cego e de tráfego cruzado traseiro.
Mas o Tucson lá de fora é um daqueles carros melhores em termos de plataforma e equipamentos. O gringo tem opção de motorização híbrida e pacote ADAS mais robusto, com controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma e assistente de faixa.
2. Volkswagen Amarok
Segunda geração da Amarok, derivada da Ford Ranger, é vendida em mercados como o sul-africano (Foto: VW | Divulgação)
A reestilização da picape média nem atenuou direito a defasagem para a segunda geração que é produzida na África do Sul. A nova Amarok se vale da base da Ford Ranger, enquanto a daqui é a mesma feita na Argentina desde 2010.
No Mercosul, a picape passou por uma maquiagem, principalmente na dianteira. Porém, a lá de fora é um dos carros melhores que a brasileira por fora e por dentro.
Além de um design mais moderno, a cabine da nova Amarok parece outro veículo. Quadro de instrumentos digital, multimídia com telas de 10” ou 12” e acabamento mais inspirado. Na daqui, a central é a mesma da Saveiro…
A Amarok 2 ainda oferece capacidade de carga superior (1.200 kg), entre-eixos maior e equipamentos de auxílio à condução. A vendida no Brasil traz um melancólico Safer Tag, uma telinha colocada acima do painel onde são disparados alertas de segurança.
De quebra, para uma humilhação extra para a Amarok velha, ela foi avaliada no Latin NCAP na mesma bateria de testes de segurança que a nova Ranger. A Ford levou o máximo de 5 estrelas. A Amarok, 3.
3. Toyota Yaris
Toyota Yaris vendido na Europa é um carro bem diferente da dupla nacional, que está em fim de carreira (Foto: Toyota | Divulgação)
Quando o Etios foi lançado aqui, todo mundo questionou por que trazer um carro com projeto tão simples se a montadora tinha o Yaris. A justificativa era o custo para fazer o compacto europeu.
Cinco anos depois, a Toyota resolveu fazer o Yaris aqui. Mas, calma, que é um dos carros que tem modelos melhores lá fora. Isso porque hatch e sedã produzidos em Sorocaba (SP) são baseados no projeto tailandês sobre a plataforma Entry Family Car (EFC) , a mesma do… Etios.
O Yaris que roda na Europa se vale da arquitetura TNGA-B. Além disso, tem versão híbrida. Sem falar na cabine, com quadro de instrumentos eletrônico que pode usar display de até 12” e multimídia com tela de melhor definição e de até 10”.
4. Citroën C3 Aircross
A qualidade do acabamento do C3 Aircross não pode ser contestada em sua versão europeia, bem diferente do que acontece com o carro no Brasil (Foto: Citroën | Divulgação)
O C3 Aircross europeu é feito sobre a mesma plataforma CMP que o SUV fabricado no Brasil. Só que a concepção do nosso é oriunda de um projeto indiano de baixo custo, o que faz do compacto europeu um dos carros melhores que rodam lá fora.
O acabamento interno do carro vendido no Velho Mundo usa materiais que aparentam melhor qualidade. Além disso, oferece acerto da carroceria mais apurado e opções com sistema híbrido-leve.
5. Volkswagen Nivus
No Velho Mundo, o VW Nivus é chamado de Taigo e conta com assistentes de condução mais modernos que seu primo tupiniquim (Foto: VW | Divulgação)
Não dá para dizer que o Taigo é um dos carros melhores que o similar brasileiro. Até porque, nesse caso, o nosso SUV é o original, pois o projeto foi liderado pela filial brasileira da Volks.
Mas tem diferenças interessantes visuais. E uma mais significativa que diz respeito aos sistemas de condução semi-autônoma.
O Taigo Europeu é equipado com IQ.Drive Travel Assist. O dispositivo dirige o carro “sozinho” em velocidades de até 210 km/h, combinado ao controle de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão frontal, frenagem automática de emergência e assistente ativo de permanência em faixa.
O Nivus nacional tem ACC e frenagem de emergência. Só que estes funcionam em velocidades de até 50 km/h.
6. Renault Duster e os carros diferentes dos nossos
Segunda geração do Duster já estrou na Europa, onde é fabricado pela romena Dacia, é um carro bem diferente do SUV brasileiro (Foto: Dacia | Divulgação)
Mais um exemplo de carros que são melhores lá fora. O Duster já está uma geração à frente na Europa. Além da arquitetura CMF-B mais moderna, ela é eletrificada, o que possibilita a existência de uma versão híbrida do SUV.
Inspirado no carro-conceito Bigster, o novo Duster também está mais espaçoso que o nosso, que usa a plataforma B0. Na cabine, acabamento melhor, quadro de instrumentos digital, central multimídia destacada do painel e alavanca de câmbio minimalista igual à do Kardian.
7. Chevrolet S10
Chevrolet Colorado é a prima moderna da S10 brasileira, inclusive inspirou na mais recente plástica da picape (Foto: GM | Divulgação)
A Chevrolet S10 foi remodelada em 2024 e, justiça seja feita, tem várias similaridades com a estadunidense Colorado. As duas usam a mesma base e boa parte das chapas de estamparia.
Mesmo assim, a Colorado tem diferenças na cabine. O painel é diferente, assim como a posição de bancos e console.